Revolução Cultural e Negócios Digitais

*por Rodney Antonio

Está mais que claro que a mobilidade não é uma moda, ou tendência passageira. Veio para ficar e transformar a forma de realizar negócios, tornando-os mais que nunca Digitais.digital transformation
Além de Notebooks, Tablets e Smartphones passamos agora a considerar também os Smartwatches como agentes dessa mobilidade.

Segundo o IDC, em 2010, os dispositivos móveis representavam apenas 26% do segmento brasileiro de Smart Connected Devices (Desktops, notebooks, tablets e smartphones). Até o final de 2014, após estimada venda de 58 milhões de dispositivos móveis, o segmento deve passar a representar 81%.

Ou seja, estamos todos conectados e isto muda muita coisa, inclusive a cultura em como cuidar e se relacionar com nossos colaboradores, clientes e parceiros.

Alguns poucos executivos veem mobilidade como uma ferramenta para agilizar os serviços e otimizar processos existentes. Dentro desse grupo, já pequeno, um grupo menor ainda percebe que a mobilidade empresarial é uma oportunidade estratégica que irá mudar a cultura de negócios como a conhecemos.

Sim, a maioria dos gerentes ainda não compreende como a mobilidade irá mudar a cultura de negócios como a conhecemos e mais, pouco tem sido feito em Mobilidade Corporativa, mesmo que seja apenas para otimizar os processos atuais.

Subestimar o impacto de novas tecnologias não é nenhuma novidade. Levou-se muito tempo para muitos varejistas tradicionais se adaptarem à oportunidade de compras online, por exemplo.

Empresas precisam identificar futuras tendências em tecnologia e se adaptar a tempo para não serem deixadas para trás pela concorrência.

As três ondas: Mobilidade, Bigdata e Computação em Nuvem

A cultura de negócios vem sendo impactada por três principais ondas tecnológicas, que são: Mobilidade, Big data e Computação em Nuvem, além de novas formas de engajar o cliente.

Todos os dias criamos grandes quantidades de dados; estima-se que 80% de todos os dados conhecidos foram criados nos últimos três anos.

O Big Data possibilitará a descoberta de novas correlações e poderão ser usados para análises em tempo real para fornecer ofertas no momento em que os clientes tomam decisões de compra.]
Serviços em nuvem tornam grandes quantidades de dados e processamento disponíveis para negócios e consumidores, sob demanda, com relação custo-benefício favorável.

A nuvem ajuda a nivelar o campo de jogo entre as empresas independente de seu tamanho, aumentando a concorrência e tornando a inovação ainda mais importante.

O engajamento, simplificando, é o relacionamento entre humanos, máquinas, consumidores, aplicativos e serviços, desde a interface com usuário semelhante a um jogo, uso de mídia social e serviços baseados em localização até a exposição multicanal.

Agora não apenas podemos enviar informação direcionada a usuários móveis com base em sua localização e seus comentários mais recentes em mídias sociais, funcionários podem customizar ofertas e vendas adicionais, com base em sua última interação com o atendimento ao cliente, situação do estoque e até mesmo a emoção transmitida pelo tom de suas vozes.

E não para na comunicação com pessoas, hoje podemos nos comunicar com “coisas”, eletrodomésticos, sensores, TVs, carros, etc.

A tecnologia móvel é onde todas estas tecnologias se cruzam, proporcionando uma importante ferramenta para aumentos em eficiência operacional, melhoras na experiência, na satisfação de clientes e parceiros.

Além de experimentar um aumento em eficiência, empresas que adotam tecnologias móveis têm menor probabilidade de serem deixadas para trás pela concorrência mais antenada.

Com o poder do Big Data, computação em nuvem e engajamento de clientes sendo percebido através de aplicativos móveis, a nova cultura móvel, agora digital e móvel, apenas acabou de começar e aqueles que a introduzirem antes em seus negócios, definitivamente sairão na frente. Os demais terão que correr atrás. É uma questão de escolha.

O mercado está se moldando neste exato momento e muitas outras ondas tecnológicas estão por vir.

Está claro para muitos negócios, que há muito a ser ganho com a adaptação e adoção destas tendências. Segundo o Gartner, 25% das empresas que não transformarem seus negócios em digitais perderão competitividade até 2017. Afinal, elas não mais são apenas tendências tecnológicas, mas sociais. Para ter sucesso na próxima economia, os negócios também vão ter de mudar sua cultura.

(*) CEO da Magic Software Brasil

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