Gestão da Informação na área hospitalar

Após mapear todos os processos envolvidos na assistência, o Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos desenvolveu e implementou um sistema de gestão da informação que resultou na prescrição eletrônica e que está sendo utilizado por médicos do centro ambulatorial e da UTI. A implementação da prescrição eletrônica faz parte da consolidação da automação de processos administrativos e assistenciais, na qual o Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos investiu quase R$ 10 milhões nos últimos três anos.

Osmar Antonio dos Santos, gerente de TI

[private] Ao contrário do que se imagina, não se trata de um sistema que apenas substitui uma receita/prescrição feita à mão por uma receita digital, mas que facilita o trabalho do médico, auxiliando-o em algumas tarefas, como calcular dosagens adequadas para os medicamentos de cada paciente, de acordo com sua idade, altura, peso e histórico. Também emite alertas sobre dosagens fora do padrão e/ou possíveis problemas devido à interação medicamentosa.

Todo esse trabalho que possibilita a pesquisa na área de saúde também tende a crescer, uma vez que os registros ficam mais organizados e facilitam as consultas. Ficará mais fácil, por exemplo, levantar históricos que determinem a eficácia de algumas drogas ou procedimentos, gerando subsídios importantes para eventuais mudanças de conduta.

Segundo Osmar Antonio dos Santos, gerente de TI do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, todo o complexo administrativo e clínico do complexo hospitalar irá se beneficiar com a implantação do sistema. Além do registro eletrônico dos 180 mil prontuários de pacientes ativos em papel, cerca de 47 mil já foi digitalizado, somando em torno de 2 milhões de documentos disponíveis online. Até novembro, todos os prontuários serão digitalizados.

Segundo o Diretor Clínico do Complexo Hospitalar, Antoninho Sanfins Arnoni, os principais benefícios dessa nova ferramenta são a agilidade no atendimento, a permissão para busca e indexação de arquivos, além de evitar a duplicidade de trabalho. Com interface amigável e intuitiva, o aplicativo vem sendo bem recebido pelos médicos e colaboradores do hospital, transformando conceitos no modo de prestar assistência.

De acordo com o gerente executivo de TI da instituição, Osmar Antonio dos Santos, no atendimento ambulatorial, 12 mil prontuários estão online, sendo que atualmente 34% das consultas já são feitas utilizando o prontuário eletrônico e 40% dos atendimentos já estão registrados na prescrição online. “Tudo foi feito de forma a consolidar os dados de maneira organizada e de fácil acesso, atendendo recursos importantes de segurança, facilidade de uso, aprendizado e agilidade na execução das tarefas”, explica.

Desenvolvido pela própria equipe de TI do hospital, o uso do aplicativo está previsto para ser estendido a todos os setores da instituição até agosto. Para consolidar a automação de processos administrativos e assistenciais, foram investidos R$ 7 milhões nos últimos três anos e há previsão de aporte de mais R$ 2,8 milhões em 2011.

O grande desafio na implantação do novo sistema foi transportar o legado de informações registradas no hospital ao longo dos seus 65 anos de existência. A digitalização envolve os prontuários de clientes atuais e todo o acervo da instituição, totalizando cerca de 60 milhões de documentos.

Para incorporar os dados em papel ao sistema, foi desenvolvido aplicativo de gestão de conteúdo, digitalização e indexação, integrado ao sistema de gestão assistencial. Também foi centralizada a base de dados e foram interligados todos os setores do hospital pelos quais o paciente passa, desde o call center até as áreas de exames e atendimento médico.

“Não se trata apenas da digitalização de um legado em papel, mas o conceito que a produção digital traz para a informação, que é muito mais abrangente. Trata-se de um sistema que evoluiu e está associado a esse legado em papel. É uma forma de fazer com que o conteúdo dessas informações seja mais útil para a instituição, para o médico e principalmente para o paciente”, reforça Osmar dos Santos. Além disso, há um melhor aproveitamento do conteúdo, que vai além dos prontuários eletrônicos e que serve para a instituição para gerar negócios. [/private]

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