Artigo: Infraestrutura convergente: da tendência à realidade

Por Rodrigo Cabral*

Em meio às muitas tendências de TI, ganha espaço um novo conceito: o de infraestrutura convergente. Na prática, isso significa a integração de servidores, storage (armazenamento), rede de dados e gerenciamento em um único sistema, que promete às empresas aumento da eficiência, mais agilidade e redução nos custos de TI.

A infraestrutura convergente nasceu da necessidade de transformação do data center, motivada pelas novas demandas de negócio. Empresas de todos os tamanhos - desde grandes multinacionais a pequenos escritórios - são cada vez mais desafiadas a oferecer aplicativos e serviços de TI sob demanda, para uma força de trabalho flexível e em evolução. No entanto, os silos tradicionais da infraestrutura de TI criam gargalos que atrapalham a qualidade do serviço, aumentam os custos operacionais e tornam os projetos mais lentos do que esperam os usuários.

Como resposta a esse dilema, CIOs e gestores de TI têm buscado soluções de infraestrutura convergente. O Gartner estima que, até 2015, um terço de todos os servidores comercializados no mundo serão oferecidos como recursos gerenciáveis em uma infraestrutura convergente.

O que mais torna a convergência atraente é a habilidade para reduzir o tempo necessário de configuração do ambiente para atender novas demandas, ao garantir uma automatização no controle. Isso reduz custos, atrasos e potenciais erros associados com os processos manuais. Ao mesmo tempo, acaba com desperdícios e torna muito mais fácil provisionar os recursos computacionais, de armazenamento e de rede para novas aplicações e serviços. Por outro lado, permite que o ambiente de TI responda automaticamente quando um aumento na demanda cria um gargalo de desempenho – seja ele gerado por processamento, memória de servidor, armazenamento I/O ou capacidade da rede.

Em outras palavras, não há duvida sobre os benefícios que podem ser obtidos com a infraestrutura convergente. A questão que fica é: como implementá-la nos ambientes de TI existentes e garantir que esse modelo se adeque às necessidades de negócio e cargas de trabalho de cada empresa? Como acontece com qualquer modelo de TI, não existe uma resposta única para todas as necessidades e a implementação depende de uma análise apurada dos ambientes.

Além disso, os CIOs e diretores de TI precisam preocupar-se em adotar soluções realmente eficientes, o que exige a análise das seguintes características:

  • A solução de infraestrutura deve ir além do hardware: ter um ambiente no qual hardware, software, serviços e suporte são essenciais para proporcionar aos usuários uma base aberta, intuitiva, automatizada e completa para permitir que a TI aproveite, rapidamente, os benefícios de uma solução convergente.
  • Modelo de implementação adequado a cada necessidade: quer se trate de um modelo de ‘faça você mesmo’ ou que utilize arquiteturas de referência pré-projetadas ou sistemas pré-integrados, é importante que o usuário tenha o poder e a flexibilidade de escolher qual solução melhor se alinha com as necessidades da organização.
  •  A importância do software de gestão: A solução de infraestrutura convergente deve contemplar um software único de gerenciamento dos sistemas – que substitui diversos consoles, simplifica a configuração da infraestrutura e estimula a automação e consistência.
  • Convergência baseada em abordagem aberta e padronização: Ao escolher uma plataforma, os gerentes de TI devem garantir que a solução seja apoiada por uma abordagem aberta e baseada em padrões. Sem isso, a flexibilidade e a interoperabilidade – que são grandes diferenciais da infraestrutura convergente – não podem ser alcançadas.
  • Análise das aplicações e cargas de trabalho que vão trazer melhor resultado para os negócios: É necessário escolher uma plataforma de infraestrutura convergente que seja otimizada para uma ampla gama de cargas de trabalho, incluindo análises, comunicação unificada, virtualização de desktop e nuvem privada. Isso não só dá à TI mais agilidade para colocar os sistemas em funcionamento, mas também reduz encargos financeiros, gerando menor custo total de propriedade e economia das despesas operacionais.

*Rodrigo Cabral é Gerente de Marketing de Produtos Enterprise da Dell no Brasil

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