Da máquina de escrever à gestão eletrônica de documentos

Três décadas de mercado é um tempo considerável para qualquer empresa, especialmente para quem atua com tecnologia. O atual segmento de algumas dessas corporações nem existia em 1984, como é o caso da Reis Office. Se, hoje, a empresa sediada em Guarulhos (SP) fatura mais de R$ 100 milhões ao ano com soluções de impressão e digitalização de documentos, naquela época sequer havia Internet, computadores ou até mesmo fax.

máquina de escrever

“Começamos vendendo máquinas de escrever, manuais de elétrica e aparelhos de telex, que era a comunicação da época”, lembra José Martinho Reis, fundador e presidente da empresa sediada em Guarulhos. O mineiro de Senhora de Oliveira trocou o plano de carreira na fabricante Olivetti para abrir sua própria revenda.

 


30 anos da Reis Office em números:

- Fundada em 1º de setembro de 1984

- Faturamento anual ultrapassa R$ 100 milhões/ano

- Realiza 50 mil vendas por mês

- Conta com 40 mil clientes

- 800 clientes de outsourcing, entre hospitais, escolas, transportadoras, escritórios jurídicos e órgãos públicos

- Portfólio com 14 mil produtos, entre impressoras, multifuncionais e suprimentos das marcas Brother, Canon, Oki, Kyocera, HP, Elgin, Olivetti e Menno

- Atua também no e-commerce: https://loja.reisoffice.com.br

Martinho conta que a única semelhança entre aquele momento e o atual era o público, predominantemente corporativo, e a demanda já existente por maior produtividade. Mas, no lugar das multifuncionais de última geração, as meninas dos olhos dos executivos eram as máquinas de escrever elétricas ou eletrônicas. “Havia uma procura por aparelhos com recursos diferentes, principalmente as que corrigiam a datilografia sem deixar marcas no papel”.

 

Com a criação dos computadores pessoais, os PCs, Martinho percebeu que os fabricantes reduziram a produção das máquinas de escrever. Em meados da década de 90 o Brasil tinha uma reserva de mercado de produtos, que impedia a chegada de lançamentos das multinacionais. Os itens mais modernos e procurados chegavam pelo mercado paralelo, então era hora de mudar ou desaparecer. “Se até as máquinas se tornaram multifuncionais, por que não as pessoas?”, reflete.

 

Imprimir e servir

 

Em 1996 a empresa mergulhou no mercado de impressão, fornecendo impressoras matriciais – enormes e barulhentas – e as copiadoras. Mas, além de vender, Reis percebeu que os clientes precisavam de manutenção e estoque de suprimentos, às vezes para 40 ou 50 máquinas diferentes o que demandava estoque próprio. Passou, então, a oferecer um pacote completo, com equipamento, manutenção, suprimentos e atualizações, quando necessárias. O formato de outsourcing/terceirização da impressão emplacou rapidamente, por diversas razões, segundo José Martinho, entre elas, a economia nos custos de pelo menos 35% com impressão.

 

“As empresas compravam equipamentos inadequados às suas necessidades, sem saber quanto exatamente custavam os suprimentos, e todo mundo imprimia o que queria. Oferecemos tudo, sem preocupação: viabilizamos o equipamento, auxiliamos na adequação dos custos à produtividade, modernização de parque, agilidade e facilidade para o gerenciamento de impressão”, enumera o empreendedor, à frente da companhia que hoje conta com mais de 40 mil clientes.

 

Futuro sem papel?

 

Há quem diga que o papel vai acabar. Martinho confirma que a redução do volume de impressão já é um processo vigente entre as corporações, com a migração dos documentos para o digital.

 

“Agora, a demanda é por gerenciamento, arquivamento e localização dos arquivos em questão de segundos”. É por aí que o executivo vê o futuro da Reis Office, de olho na próxima década, com soluções personalizáveis para diversas áreas do mercado corporativo.

 

Para hospitais, há a oferta de sistemas digitais de captura de imagem, tratamento e laudo de exames, arquivamento e localização de prontuários digitais. Já as transportadoras utilizam uma solução portátil de digitalização de canhotos, para envio de imagens do canhoto assinado imediatamente após a entrega da mercadoria. Com a virtualização dos tribunais, os escritórios advocatícios modernos precisam do GED - Gestão Eletrônica de Documentos, e assim por diante.

 

Nesse caminho que parece sem volta, Martinho tem uma certeza: “continuaremos trabalhando para aperfeiçoar a gestão”, finaliza.

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