Evolução da gestão do conhecimento no Brasil

A OM30, empresa de gestão do conhecimento, vem há três anos aplicando o conceito “tecnologia Mindnology – tecnologia movida por pessoas”. O tema já foi posto em práticas para o Hospital das Clinicas, Hospital do Câncer, Grupo Bosch, Braskem, Icesp, Secretaria de Saúde de Cotia, Cielo, Camargo Corrêa e Odebrecht. O conceito é uma maneira destacar o trabalho feito antes mesmo de ser elaborada uma solução.

“É pensar nas pessoas e nos processos antes de vender tecnologias mirabolantes, que não atendam às reais necessidades dos clientes”, completa o CEO da OM30, Marcello Buratinni. Além do tema, o executivo fala a respeito da evolução do setor, como é lidado no Brasil, o que as empresas procuram hoje em dia em gestão do conhecimento. O CEO também afirma que trazer para o país soluções que possam entregar a gestão do conhecimento para os usuários é um diferencial que a empresa busca como meta para a ampliação nos negócios. [private]

DocManagement: O que as empresas procuram hoje em dia em gestão do conhecimento? Quais segmentos da economia se preocupam com a internalização dos conhecimentos em sua opinião?

Marcello Burattini: O conceito de gestão do conhecimento ainda é pouco conhecido no Brasil. Há bastante desinformação sobre o que é, de fato, gestão do conhecimento e as empresas acabam buscando somente soluções isoladas, como ferramentas de gestão de conteúdo e portais corporativos, se esquecendo de trabalhar obstáculos culturais, que dificultam a troca de informações dentro das empresas e organizações. Geralmente as empresas que se preocupam mais com a internalização dos conhecimentos que possuem grandes investimentos em P&D e que precisam reverter esta produção científica em resultados de negócios, ou então empresas cuja análise de dados impacta diretamente em seus faturamento, como os bancos de investimentos e o setor financeiro em geral.

Entrevista com COE da OM30 retrata a evolução da gestão do conhecimento no Brasil e quais segmentos se preocupam mais com o setor.

D.M.: E como o Sr. avalia a evolução do setor nos últimos anos?
M.B.: Apesar de o Brasil ainda estar engatinhando, quando comparado a outros países desenvolvidos, a Gestão do Conhecimento está ganhando cada vez mais espaço, principalmente nas grandes empresas. Já não é mais incomum encontrar multinacionais com departamentos específicos de Gestão do Conhecimento, ou cursos e profissionais focados neste setor. Já existem empresas brasileiras avançadas neste sentido, como a petroquímica Braskem, que investe muito na troca de conhecimento entre seus funcionários e em incentivos para a inovação.

D.M.: A OM30 é uma empresa focada na área da Gestão de Conhecimento e tem como tema a “tecnologia Mindnology – tecnologia movida por pessoas” - frase retirada do vídeo publicitário da empresa. O Sr. poderia explicar melhor sobre este conceito?
M.B.: Mindnology seria literalmente a “mente por trás da tecnologia”, esta ação, nós traduzimos como a “tecnologia movida por pessoas”. O conceito, assim como a própria estratégia de focarmos os nossos trabalhos na Gestão do Conhecimento, surgiram graças a forma como pensamos a tecnologia.  No momento da criação do tema apresentamos um manifesto, contestando a forma com que a tecnologia vem sendo vista nos últimos tempos. Essa busca incansável da “inovação pela inovação” tem feito com que os empresários se esqueçam do verdadeiro sentido das evoluções tecnológicas, que eu vejo que é trazer melhorias para o cotidiano das pessoas.

D.M.: De que maneira a OM30 mantém as parcerias com os clientes? Como acontece a customização de seus produtos?
M.B.: O relacionamento é contínuo com nossos clientes. Em um processo de Gestão do Conhecimento, deve-se sempre estar atento não só a questões técnicas e sistêmicas, como também a processos ou obstáculos culturais que estejam dificultando a fluidez do mesmo e dificultando a troca de conhecimento dentro das empresas.  Somos uma empresa “early adopter”, ou seja, buscamos através de parcerias nacionais e internacionais, ter sempre um leque de soluções e metodologias inovadoras. Por conta disso, optamos por não desenvolver ferramentas próprias, para que possamos concentrar esforços na customização das ferramentas de acordo com a necessidade dos clientes, sem ficar estagnados com um sistema ou outro. 

D.M.: O que OM30 oferece como portfólio para seus clientes? Quais os diferenciais dessa oferta?
M.B.: O trabalho da OM30 começa sempre com uma conversa aprofundada com nossos clientes. O tempo que passamos com eles, entrevistando e ouvindo suas dificuldades, necessidades, faz toda a diferença na maneira como poderemos atendê-los, de uma forma individualizada. Esse é o nosso principal diferencial. Também realizamos um mapeamento preciso dos cenários, traçamos um planejamento de implantação que aborde aspectos processuais e sistêmicos da gestão do conhecimento corporativo das organizações, passando sempre por seis pilares: Documentos, Sistemas de Informação, Dados Estatísticos, Redes Sociais, Agências de Notícias e Pesquisas. Dentro de cada pilar, implementamos as soluções que serão necessárias para o desenvolvimento da gestão do conhecimento de cada cliente.

D.M.: Para finalizar, quais são as estratégias que a empresa planeja para ampliar os negócios?
M.B.: Nossa principal estratégia de expansão é buscar, através de pesquisas, parcerias internacionais e participação em eventos acadêmicos, como o European Conference on Knowledge Management (ECKM), que participaremos este ano, trazer para o Brasil soluções que possam entregar, de fato, gestão do conhecimento para as empresas.  Desta forma, estamos nos consolidando como a principal referência neste assunto no país. [/private]

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