As 10 tendências digitais para 2016 no setor financeiro

1d3dabae-d7f5-4d00-9b3a-0164a8e44328
Marcelo Trevisani, Digital Marketing Executive Manager da CI&T

Em 2016, uma das tendências tecnológicas  que  tomara um grande impulso no mercado financeiro será a corrida pelo lançamento de aplicativos  mobile payment, em cada instituição financeira.

Mas mesmo quem conseguir lançar nos primeiros meses do ano, segundos estudiosos do mercado terão baixa adesão e praticamente nenhum benefício à experiência do usuário comparado com métodos tradicionais de pagamento. As empresas que estiverem realmente atentas à experiência do usuário no tocante aos pagamentos via smartphones perceberão que o grande atrito na jornada é o pagamento em si.

“Por isso, eliminar ou reduzir a menção a esta  tarefa deverá ser prioridade. Facilitar o pagamento em um espaço físico, detectando a presença ou proximidade do cliente e fazendo com que a cobrança e o pagamento automático aconteçam pelo terminal de pagamento, sem sua interação direta é um grande passo na melhoria dessa experiência”, comenta Paulo Camara, Head of Digital da CI&T.

Um exemplo já corriqueiro, para o executivo,  é o Uber, que recebe o pagamento sem que o passageiro precise tomar nenhuma ação. Isso vai ficar cada vez mais comum: os cafezinhos serão pagos automaticamente no quiosque da cafeteria pré-autorizada.

Assim os analistas da CI&T ajudaram a  construir um estudo que aponta e selecionar as dez previsões que precisam estar no radar de CIOs e CMOs das empresas no próximo ano. "As 10 tendências citadas nessa pesquisa passaram por um grande filtro de escolha. São tendências que vão mudar o mercado. Se olharmos para automatização de processos, a tecnologia irá ajudar a reduzir os erros, os custos e a obter um processo mais rápido. A agilidade é essencial para ganhar mercado, competir e estar a frente dos concorrentes", analisa Marcelo Trevisani, Digital Marketing Executive Manager da CI&T.

Entre as principais tendências indicadas pelos especialistas estão:

#1 Apps de mensagens como  principal plataforma digital para consumidores e marcas

Cada vez mais as pessoas usam aplicações de comunicação, como o WhatsApp e Snapchat, para outras funções, como se informar, trocar conteúdo e se relacionar com marcas. Outros serviços, como pagamentos, compras, etc serão oferecidos, a exemplo do que já acontece em plataformas como o WeChat na Ásia. Os quatro maiores aplicativos do segmento - WhatsApp, Messenger, WeChat e Viber - têm juntos cerca de 3 bilhões de usuários, enquanto as quatro maiores redes sociais reúnem 2,5 bilhões de pessoas.

 

#2 Startups e grandes empresas falando a mesma língua: acelerar inovação

Grandes empresas com alto nível de maturidade digital têm explorado modelos estruturados e avançados de integração com startups. Alguns exemplos disso são iniciativas como o InovaBra (Bradesco), CUBO (Itaú) e Oxigênio (Porto Seguro). Patrocínio ou participação em hackathons, startup weekends e eventos focados em inovação também têm crescimento constante e devem se expandir em 2016.

 

#3 Mais produtividade com Big Data na indústria

A imprevisibilidade da crise econômica no Brasil levará as empresas de manufatura à adoção de estratégias digitais, fortemente ancoradas em analytics (Big Data). Análises de dados já se mostram fundamentais para elevar a produtividade da empresa, com redução de custos e prevenção de problemas operacionais, gerando crescimento de lucros de mais de 10% anualmente, segundo pesquisa do The Economist Intelligent Unit.

 

#4 Mais Barata, realidade virtual  ganha capilaridade em games e treinamentos

Novos dispositivos, como o Oculus do Facebook e o Hololens da Microsoft, começam a surgir e ficar mais baratos, ganhando terreno, principalmente, na indústria de games e entretenimento. Outros campos onde já vemos aplicações sendo desenvolvidas são a área de treinamento profissional - projetos liderados por montadoras em simuladores de direção - e a área médica.

 

#5 Fortalecimento das redes sociais de nicho

O crescimento do radicalismo nas redes sociais mais genéricas levará os usuários a buscar ambientes mais de nicho, como LinkedIn, Slack, Behance; redes de contratação de trabalho temporário, como o Trampos, e sites de crowdfunding, como Catarse e Kickante. Esta postura mais individualista terá como um subproduto: o fortalecimento de atividades de ciberativismo, tanto para pressionar autoridades, como para mobilizar a sociedade civil.

 

#6 IoT e UX: impulsionando o despertar do Customer Experience

A crise econômica no Brasil estimulará a criação de soluções de baixo custo em internet das coisas que serão mais relevantes ao valorizar a experiência do usuário (UX). Como consequência desta interação entre IoT e UX, haverá um aumento de interesse por Customer Experience (CX) ao explicitar o potencial das novas formas de interação das marcas com seus consumidores.

 

#7 Portas abertas para outras aplicações de economia colaborativa

Toda a polêmica gerada em torno da liberação do uso do aplicativo Uber, abriu as portas para a chegada de outras aplicações da economia colaborativa em áreas como viagens, serviços domésticos e sustentabilidade. A crise econômica deve reforçar ainda mais essa tendência.

 

#8 Cloud vai se firmar como a opção mais segura

Depois de anos de desconfiança, a computação em nuvem já é percebida como forte fator de redução de risco técnico, político e financeiro. Com isso, em 2016, veremos mais aplicações migrando para a nuvem, que se consolidará como a principal plataforma para o desenvolvimento de novas aplicações digitais em empresas de todos os setores e tamanhos.

 

#9 Fintechs e bancos promoverão a "Renascença bancária"

O Brasil é hoje um dos grandes celeiros de fintechs do mundo, com mais de 400 startups que se propõem a gerar alternativas inovadoras em pagamentos, investimentos, seguros e demais serviços financeiros para consumidores que vêem os produtos bancários existentes como inadequados e até desnecessários. Os bancos tradicionais entendem as startups como possibilidades de inovação rápida e mais disruptiva no setor. O resultado será de "ganha-ganha-ganha", pois serão beneficiados os bancos, as fintechs e os principais interessados: os clientes.

 

#10 Pagamentos por presença vão expandir o conceito de mobile wallet

Você entra na cafeteria pede um café e seu pagamento é feito automaticamente porque o sistema identifica que é você, cliente já cadastrado e que autorizou aquele débito, que está ali fazendo a compra do produto. Simplificar e facilitar os pagamentos será o grande diferencial de quem quiser ampliar sua atuação com mobile payment em 2016.

 

 

Share This Post

Post Comment