A equipe de Pesquisa de Ameaças Futuras (FTR) da Trend Micro - especializada na defesa de ameaças digitais e segurança na era da nuvem – tem frequentemente falado sobre a Deep Web e o seu uso como um local para o comércio ilegal de armas e drogas.
A pesquisa realizada pela empresa, intitulada ‘U-Market: Peering into the German Cybercriminal Underground’ sobre a comunidade clandestina alemã, fornece uma grande visão das transações que acontecem e os indivíduos por trás delas.
O estudo centra-se em três principais áreas: os grandes fóruns e mercados do submundo alemão; as mercadorias originais que esse mercado oferece e como ele se compara com o submundo russo.
O submundo do crime digital alemão está repleto de fóruns e mercados que servem como repositórios de dados e plataformas de negociação para crimeware. Cinco dos fóruns nos quais a Trend Micro focou vendiam ferramentas de hacking, cartões de crédito, credenciais roubadas, narcóticos e falsificação de documentos.
Principais Fóruns e Marketplaces encontrados no Underground Alemão
Algo que chamou a atenção dos pesquisadores da Trend Micro foram os escrows que servem como ligações entre compradores e vendedores e garantem o bom fluxo de transações comerciais. Vendedores preferem ser pago em bitcoins, embora alguns aceitem vouchers por acreditar que acrescenta outra camada de anonimato para transações.
O mercado clandestino alemão tem também um novo tipo de serviço chamado "serviços de packstation", que tira proveito do serviço postal alemão e realiza falsas entregas.
Venda de contas Packstation com números de celular
A equipe de Pesquisa de Ameaças Futuras (FTR) da Trend Micro concluiu que apesar do submundo alemão ser pequeno quando comparado com os submundos da Rússia ou Brasil, é talvez o mais desenvolvido underground da União Europeia.
O underground alemão oferece o que os hackers precisam para começar no negócio de cibercrime. Ele atende especificamente um mercado regional visto que suas ofertas contam com contas hackeadas e credenciais financeiras de cartões de crédito alemães, suíços e austríacos que têm mais apelo para os falantes do idioma alemão.