O papel do Conselho no monitoramento da estratégia empresarial deve estar orientado para assumir o protagonismo na ligação entre os proprietários do negócio e o corpo organizacional, como determinam as boas práticas de governança corporativa.
São pressupostos do Conselho a assumpção dos princípios básicos fundamentais da governança que são a transparência, a equidade, a prestação de contas e o respeito ao cumprimento das leis.
Existem várias frentes que devem ser examinadas prioritariamente e de forma tempestiva que fazem parte da complexidade de qualquer negócio. O Conselho deve sempre ter em mente que a inovação e estratégia são condições imprescindíveis em um mundo constantemente, e cada vez mais, sujeito a rupturas.
Paralelamente deve prestar muita atenção aos fatores de riscos operacionais, assim como, a continuidade do negócio, não deixando de lado o plano de sucessão dos executivos e seu monitoramento.
Direcionar e aprovar a elaboração do planejamento estratégico, a performance financeira, social e ambiental são preocupações que devem fazer parte constante de suas atividades, paralelamente à avaliação dos resultados e controle das variações das metas para alcance dos objetivos estratégicos definidos no projeto empresarial.
Como elemento de ligação entre a propriedade e a estrutura organizacional, age para proteger os interesses dos stakeholders.
Entretanto o Conselho não deve se limitar às suas prioridades. Há diversas formas que o leva a contribuir com a constante melhoria do ambiente organizacional, quando coordena a execução das estratégias do negócio e acompanha e estimula um melhor desempenho da gestão executiva.
O Conselho também zela pelos princípios, valores e padrões éticos da organização e por sua aplicação nas decisões da empresa, sempre levando em consideração o gerenciamento dos riscos operacionais de alto impacto e probabilidade, apoiando ostensivamente o engajamento da organização na obtenção dos objetivos do negócio e de mitigação de riscos.
Protege e valoriza o patrimônio e maximiza o retorno do investimento, com vistas à perenização do negócio, organizando comitês temáticos para aprofundar questões amplas em áreas como estratégia, auditoria, remuneração, finanças, projetos e governança, entre outros.
O Conselho contribui ainda quando suporta e qualifica melhor a tomada de decisões, baseado tão somente nos interesses e valores da organização.
Finalmente, mas não menos importante, evita intervenções em atividades operacionais para não diminuir a responsabilidade dos executivos.
Esse colegiado pode ser formado de duas formas, como Conselho de Administração ou Consultivo.
Na primeira hipótese, o Conselho é um órgão formal, estatutário, com caráter deliberativo, diretamente vinculado à tomada de decisões. Necessita de regimento interno e secretaria, que se encarrega da coordenação da agenda formulada pelo Presidente e registro das atas das reuniões.
No segundo caso, o Conselho Consultivo cumpre a função de fornecer pareceres e recomendações, sem caráter deliberativo, mas que é importante para organizações em fase inicial de adoção das práticas de governança corporativa.
[author] [author_image timthumb='on']https://docmanagement.com.br/wp-content/uploads/2018/11/Mario-Rossi-thumbnail.jpg[/author_image] [author_info]Mario Antonio Rossi
Membro do Conselho Consultivo da ABEINFO e Coordenador do Comitê de Governança Corporativa[/author_info] [/author]