Apesar do avanço, especialista acredita que a IA não substitui determinadas profissões
Dados da pesquisa ‘The state of AI in early 2024: Gen AI adoption spikes and starts to generate value’, realizada pela McKinsey, mostram que o uso da Inteligência Artificial (IA) alcançou as organizações. Em 2024, 72% das empresas do mundo já utilizam essa tecnologia, contra 55% registrado em 2023. Já a IA generativa (Gen IA) também acompanhou esse crescimento, com aumento de 33% em 2023 para 65% neste ano.
Apesar do avanço, a jornalista, especialista em Comunicação Institucional, e sócia-diretora da MAVERICK 360, Fabíola Cottet, acredita que a inteligência artificial não está aqui para substituir profissionais, mas para facilitar o trabalho, especialmente em questões estratégicas e teóricas. "Embora a tecnologia esteja evoluindo muito, ainda exige cuidado e habilidade no uso. É essencial fazer as perguntas certas e combinar a rapidez das respostas com a análise qualitativa e olhar atento do profissional. A responsabilidade pelo material produzido e a escuta de diferentes perspectivas são valores fundamentais do jornalismo que não podem ser terceirizados para a ferramenta”, avalia.
Seja na automatização de processos, na análise de dados ou na otimização da tomada de decisões, a IA tem se consolidado uma ferramenta estratégica para diversos setores, incluindo a comunicação. O recurso permite prever tendências, personalizar ofertas, criar e aperfeiçoar conteúdos, gerar imagens e, até mesmo, desenvolver sistemas de atendimento ao cliente.
A agência MAVERICK 360, inclusive, é um exemplo disso, pois apesar de não produzir os conteúdos por meio de IA, utiliza o recurso para auxiliar e otimizar o tempo. “Ela encurta o processo, trazendo informações de maneira rápida e já decupadas. Isso permite que partamos desses dados para uma análise mais aprofundada”, afirma Fabíola.
Para Rick Garcia, publicitário e sócio-fundador da MAVERICK 360, o que não pode acontecer é se apoiar completamente na tecnologia para executar o trabalho. “Reuniões de branding, por exemplo, costumam ser longas e rendem muitos insights. Antes, era necessário um longo período para organizar essas ideias e montar um planejamento de execução. Com o uso da análise de dados, é possível transcrever a reunião e decupar essas informações imediatamente. Com isso, sobra mais tempo para exercer a criatividade que é o principal”, explica.
A aplicação da inteligência artificial vai além do conteúdo textual e encontra usos relevantes na criação de imagens. Ferramentas baseadas em IA permitem a geração de visuais personalizados e superam limitações de bancos de imagens tradicionais que, muitas vezes, não refletem a identidade desejada ou determinados contextos. Nesse aspecto, o recurso oferece soluções práticas para alguns desafios criativos no mercado. “Acredito que o uso dessas tecnologias é um caminho sem volta e quem ficar resistindo à utilização vai perder o timing da evolução”, finaliza Garcia.
Imagem: https://pt.vecteezy.com/foto/6572460-ai-chipset-on-computer-circuit-board-ai-cpu-concept-3d-rendering