Cloud Computing renova as estratégias de conectividade das empresas

*Por David Iacobucci

A computação em nuvem não só ocupará uma posição importante nas empresas, mas se transformará em opção imprescindívelimage011 para os departamentos de TI, uma vez que será a plataforma essencial para acessar serviços e soluções de tecnologia que permitam às organizações suportar o imenso volume de dados com o qual convivem e continuarão a conviver diariamente.

O Cloud Computing está entre as soluções mais inovadoras de TI, não apenas para os data centers, mas também na própria indústria da tecnologia.  Hoje a nuvem é sinônimo, para as empresas, de maior agilidade, menores custos e da possibilidade de acessar soluções e serviços avançados em software, infraestrutura, processamento e armazenamento de dados.

A IDC, além de considerar o Cloud Computing como uma das principais tendências no universo da TI, prevê que IaaS (Infrastructure as a Service), PaaS (Platform as a Service) e SaaS (Software as a Service) concentrarão o crescimento dos serviços com base na nuvem, os quais, em conjunto, totalizarão cerca de 118 bilhões de dólares em gastos globais, sendo IaaS o serviço cloud que terá o maior crescimento no próximo ano, com 36% de expansão.

Isso porque o Cloud Computing é a plataforma facilitadora da inovação por excelência, a partir da qual a própria indústria de TI vem tomando forma com tecnologias baseadas na virtualização, campo em que se destaca uma série de novas arquiteturas de soluções, as quais têm sido englobadas dentro da tendência conhecida como SDE (Software Defined Everything). As soluções SDE são as tecnologias que se baseiam em uma arquitetura que separa o hardware do software, ou seja, que colocam a inteligência nesta camada, o que faz com que as organizações não fiquem amarradas a determinados provedores para que a infraestrutura de TI suporte as reais exigências do negócio.

Em nível de rede, a SDE tem a contrapartida em duas tendências de crescente importância para data centers, provedores de serviços e empresas: Software Defined Networks (SDN) e Network Functions Virtualization (NFV). A primeira delas aproveita a inteligência do software para centralizar as funções das diferentes camadas da rede, enquanto que a segunda se refere a uma arquitetura que usa funções de máquinas virtuais sobre a infraestrutura de rede, ou sobre a infraestrutura de computação em nuvem.

 

Dados e mais dados

O auge do Cloud Computing se relaciona com outras duas tendências predominantes de TI: o Big Data e a Internet das Coisas (IoT) que, em conjunto, são conhecidos como a “Terceira Plataforma”. O elemento comum destas tendências é que nos falam de um volume gigantesco de dados digitais que necessariamente transitará na nuvem. Para isso, as empresas terão que adaptar a arquitetura das redes e data centers para fornecer a capacidade necessária e flexibilidade exigidas para o novo cenário.

Por outro lado, esse conjunto de fatores irá demandar, cada vez mais, dos provedores de serviços em nuvem. No caso da IoT, a IDC estima que mais de 90% destes dados serão alojados em plataformas deste tipo nos próximos cinco anos. Isso porque a nuvem reduz a complexidade associada à fusão de dados provenientes de fontes diversas e dispersas.

 

O volume de dados gerados pela IoT será tanto que obrigará, em curto prazo, as empresas a repensar até suas estratégias de conectividade. Em três anos, como afirma a IDC, a metade das redes terá algum tipo de problema pelo fluxo de dados gerado por dispositivos da IoT. Estima-se, inclusive, que 10% das redes poderão ficar saturadas neste período.

Quando uma organização decide levar seus dados e aplicações para a nuvem, deve definir uma arquitetura em nuvem apta para suas necessidades – privada, pública ou híbrida – e, em seguida, selecionar o provedor de serviços que garanta a maior flexibilidade possível.

A partir daí, é preciso se preocupar para que a conectividade tenha o melhor desempenho, onde os níveis de uptime e segurança sejam garantidos por contrato, considerando uma largura de banda dinâmica, que dê à rede escalabilidade máxima.

Os serviços de conectividade no ambiente de negócios atual se tornarão cada vez mais críticos. Com o Big Data e a IoT como catalizadores, o desempenho das redes será chave para o negócio, pois se processará um volume de dados cada vez maior, muitos dos quais serão provenientes de fontes que se encontram em outras cidades ou países.

*David Iacobucci é Gerente Comercial da Level 3 Communications, Chile

 

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