Serviços gerenciados: o parceiro ideal e leal

*Por Carlos Oliveira

Ao longo das décadas, o título que conhecemos hoje por CIO (Chief Information Officer), na prática, diretor ou gerente de 2973.5476-Big-datatecnologia, têm acumulado as mais variadas funções. Durante muito tempo, foi visto como um mero profissional que comprava e implementava hardware e software. Em um segundo momento, passou a ser o guardião da administração e da segurança dos sistemas. Na era das redes e data centers, trabalhava nos bastidores fazendo praticamente tudo.

No entanto, em momentos de orçamento restrito e desafios como os impostos pelo atual panorama econômico, o CIO sofre uma pressão extra vinda de outras áreas da empresa, além das rotineiras questões operacionais restritas à TI.  Do lado financeiro, ele é cobrado a fazer mais com menos. Em alguns casos, essa cobrança é até injusta, pois o gargalo de produtividade está em outros departamentos.

Já pelos executivos dos negócios, o CIO é compelido a dar estrutura para que a empresa tenha condições de oferecer produtos, serviços e soluções que sejam atraentes para seus consumidores ou clientes mesmo em períodos de crise - e sempre à frente da concorrência. Em particular, gerentes de tecnologia no Brasil em pequenas e médias empresas ainda sofrem a ameaça de perder sua posição, caso não apresentem uma saída viável para esse desafio.

Assumir um papel mais estratégico e menos operacional pode ser um caminho interessante durante a turbulência e também pensando no futuro. No entanto, como o CIO poderá assumir mais essa função relevante para os negócios com toda a carga de trabalho operacional pela frente?

Um parceiro incansável para todas as horas é o provedor de serviços gerenciados. O gestor pode contar com essas consultorias especializadas capazes de desenhar o melhor modelo de trabalho conjunto com o departamento de TI interno das empresas. A boa notícia é que os serviços gerenciados podem ser contratados para administrar ambientes de TI de vários tamanhos - por exemplo, apenas remotamente ou dispondo internamente de uma equipe dedicada do provedor de serviços gerenciados - e diversos tipos e complexidades de ativos de TI, desde infraestruturas de rede até aplicações de negócios. Ao adotar os serviços gerenciados, a área de TI poderá reportar níveis mais altos de produtividade, confiabilidade e segurança das operações, mantendo ou até mesmo reduzindo custos.

Alguns provedores já estão oferecendo serviços gerenciados sob o modelo de nuvem. Pense, por exemplo, na recuperação de desastres. No cenário tradicional, era preciso investir em hardware, software e até instalações físicas para duplicar um ambiente de TI que assumiria as operações críticas em caso de necessidade. A responsabilidade dos serviços gerenciados se resumia apenas ao monitoramento e à efetivação da substituição da infraestrutura com problemas pelo ambiente replicado. Para as empresas, isso envolve um custo fixo necessário, muitas vezes alto, mas que não gera resultados - algo como acontece com os seguros de automóveis, que pagamos para não usar.

Os serviços gerenciados na nuvem vieram para reduzir esses valores. No caso da recuperação de desastres, o provedor replica o ambiente de TI crítico do cliente na sua nuvem e cobra apenas uma assinatura, livrando-o dos custos fixos relacionados à infraestrutura de contingência.  A mesma abordagem pode ser aplicada para outros cenários, como bancos de dados, máquinas virtuais, ambientes de testes e homologação de e o que mais for relevante para tirar a carga operacional das costas do CIO.

Deixando as tarefas rotineiras a cargo dos serviços gerenciados, na nuvem ou fora dela, os CIOs poderão assumir a posição que lhes é de direito - de agente transformador estratégico para os negócios de qualquer empresa.

 *Por Carlos Oliveira é diretor executivo da S2IT, empresa de tecnologia da informação voltada ao desenvolvimento ágil de software sob medida, sustentação de operações de TI, consultoria e projetos de infraestrutura tecnológica.

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