O DeepSeek, um modelo de IA de código aberto e de baixo custo, tem ganhado destaque no cenário global de inteligência artificial. Com a promessa de tornar a IA mais acessível e eficiente, ele surge como uma alternativa aos grandes players do mercado. Mas será que essa disrupção é real ou apenas mais uma onda no oceano da tecnologia?
Para Cristóvão Wanderley, Sócio-diretor da Stratlab, especialista em tecnologia, inovação e dados e participante do programa LinkedIn Creators, o DeepSeek se destaca pela promessa de democratizar a IA, mas não deve substituir nenhuma outra tecnologia. “Sua proposta de ser mais barato e de código aberto lembra, para muitos, a chegada do Linux à indústria da tecnologia, que trouxe uma alternativa ao software proprietário e revolucionou segmentos específicos, mas, no entanto, não substituiu os grandes sistemas operacionais comerciais. O mesmo pode acontecer com o DeepSeek. Precisamos ainda confirmar, na prática, a escalabilidade e a confiança em uma ferramenta nova”, explica.
Além disso, o especialista alerta que o DeepSeek, representa uma nova frente na disputa global por liderança em IA, com possíveis implicações econômicas e geopolíticas significativas, especialmente no contexto da rivalidade entre EUA e China. “O DeepSeek é um reflexo do poder de inovação da China, sem dúvidas. Mas também levanta questões sobre o impacto global dessa evolução, levando às discussões sobre regulamentação, segurança de dados e soberania digital. A questão não é apenas sobre qual tecnologia é a melhor, mas sobre como ela pode ser usada para criar soluções únicas e transformar mercados ao mesmo tempo em que protege informações sensíveis e garante a segurança dos usuários”, pontua.
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