A AG Immigration – escritório de advocacia imigratória especializado em green cards para os EUA – publicou pela primeira vez, em seu site, um conteúdo jurídico totalmente escrito e ilustrado por ferramentas de inteligência artificial.
Intitulado “Como cidadãos chineses podem solicitar asilo nos EUA”, o post da empresa – fundada por brasileiras e sediada em Washington D.C. – foi gerado automaticamente pela ferramenta Chat GPT, que está viralizando nas redes sociais pela sua elevada capacidade de responder perguntas complexas
O Chat GPT é de propriedade da Open AI, empresa americana fundada em 2015 por Elon Musk, que atualmente já não faz mais parte da organização. Ela é capaz de gerar informações a pedido dos usuários sobre qualquer assunto, usando técnicas de linguagem e aprendizado de máquina.
A Open AI também é proprietária de outra inteligência artificial, a DALL-E, que gera imagens a partir das instruções inseridas pelo usuário. A foto que ilustra o post da AG Immigration foi criada pela DALL-E.
“A inteligência artificial é a nova internet e uma grande revolução tecnológica, que vai revolucionar a forma como trabalhamos e interagimos com informação. No campo jurídico, ainda não substitui o papel do advogado, mas é capaz de produzir conteúdos informativos de altíssima qualidade”, explica Rodrigo Costa, CEO da AG Immigration.
Em julho, a AG Immigration foi o primeiro escritório de advocacia imigratória do mundo a criar um espaço no Metaverso, abrindo uma filial no AltSpaceVR, da Microsoft.
“Temos um grande número de clientes chineses, por isso fizemos esse conteúdo. E é cada vez mais importante que o imigrante que planeja vir para os EUA consiga informações de qualidade, verificadas por advogados, para que não caia em ciladas. As ferramentas de inteligência artificial e de realidade aumentada nos permitem justamente isso: levar informação crível para novos ambientes”, comenta Costa.
Apesar do entusiasmo, o CEO da AG Immigration admite que as ferramentas de inteligência artificial ainda não substituem os profissionais jurídicos. “Elas são um bom ponto de partida para que o cliente já venha conversar mais bem informado com a gente, além de ajudar a dirimir dúvidas cotidianas, que poderiam ser buscadas no Google. Mas o advogado sempre será essencial. Pode até ser que no futuro ele tenha que aprender novas competências, especialmente de linguagem, para interagir com essas máquinas, mas suas contribuições continuarão indispensáveis”.