Que o ChatGPT é o grande assunto do mundo tech em 2023, não há dúvidas. Mas, muito além dele, outros temas que circundam esse universo também devem estar sob os holofotes de executivos do setor. Pensando nisso, a Digibee, principal plataforma responsável pela integração de sistemas para conectar grandes empresas ao mundo digital, reuniu três dos seus especialistas para discutir algumas tendências do mercado de tecnologia da informação para este ano. Confira
PREVISÃO 1 - Em 2023, o investimento em TI aumentará mesmo diante da recessão, por Rodrigo Bernardinelli, CEO da Digibee
Embora tenha havido muita conversa sobre uma recessão iminente, a notícia certamente não está diminuindo o investimento em TI. Na verdade, vemos uma aceleração. De acordo com os especialistas do Gartner, os gastos com TI devem totalizar US$ 4,6 trilhões em 2023, um aumento de 5,1% em relação a 2022.
Independentemente das crises no mercado, competir e vencer nos negócios é imperativo em qualquer economia. A falha em acelerar, mesmo durante os ciclos de baixa, muitas vezes leva ao fim do negócio. Essas são lições difíceis que aprendemos em 2020. Nenhuma empresa deseja estar em uma posição em que o negócio seja incapaz de responder a mudanças repentinas no mercado e na economia
Com as empresas antecipando tempos difíceis no futuro, muitas estão tomando medidas preventivas, modernizando com urgência suas pilhas de tecnologia para garantir que o negócio esteja preparado para o que está por vir
Uma vantagem significativa com uma estratégia de integração contemporânea é a habilitação da automação, descarregando tarefas manuais demoradas para que as pessoas possam trabalhar com mais eficiência, concentrando-se nas coisas que devem fazer e que agregam o maior valor aos negócios.
Esses resultados quantificáveis justificam o aumento nos gastos com TI, protegendo os negócios do futuro para que permaneçam competitivos e lucrativos mesmo em um mercado em desaceleração.
PREVISÃO 2 - Em 2023, a contratação continuará competitiva, por Peter Kreslins, CTO global da Digibee
Em 2020, a pandemia virou o modelo global de força de trabalho de cabeça para baixo, com novas e divergentes carreiras, aposentadoria precoce e economia temporária. O resultado é que nos anos seguintes, as empresas tiveram que lidar com uma escassez crônica e dolorosa de habilidades globais
Enquanto uma recessão que pode acontecer abrirá as coisas devido ao downsizing e demissões, ainda competiremos por trabalhadores com experiência em demanda e habilidades especializadas. Por exemplo, pessoas com experiência em inteligência artificial, ciência de dados, desenvolvimento e infraestrutura baseada em nuvem são contratações desejáveis que continuarão a escolher seus empregos (e seu contracheque
Reter esses trabalhadores qualificados será tão difícil quanto foi encontrá-los e contratá-los. Juntamente com expectativas claras sobre salário e sua função, essas pessoas querem obter valor e satisfação do trabalho que realizam. Na perspectiva deles, a qualidade do trabalho impacta diretamente na qualidade de vida
Para alcançar esses resultados, as empresas devem eliminar tarefas redundantes e demoradas, liberando largura de banda para se concentrar em atividades de maior valor que satisfaçam as necessidades individuais e as necessidades do negócio
Embora a contratação continue competitiva para esse subconjunto de trabalhadores, é provável que haja algum desgaste na base de funcionários maior e menos qualificados. A empresa não será mais capaz de responder aos problemas de TI colocando mais pessoas neles. Em vez disso, as empresas devem compensar essas perdas aumentando a eficiência operacional. A tecnologia preencherá o vazio
PREVISÃO 3 - O futuro é componível, por Tam Ayers, CTO da Digibee na América do Norte
A base para o nosso futuro e a chave para acomodar todos os desafios que temos pela frente é a implementação de uma arquitetura de sistema modular. Esse avanço tecnológico se tornará um diferencial crítico em 2023 e também no futuro, permitindo que as empresas tenham sucesso e cresçam apesar das crises econômicas e menos recursos.
A infraestrutura composta diminui nossa dependência de especialistas técnicos, remove gargalos e permite que todos inovem. A modularidade oferecida por este modelo suporta maior compartimentalização e especialização, com capacidades digitais incorporadas em todo o negócio
Nossos esforços para liberar a rapidez com que inovamos apoiam a lei de Moore, segundo a qual o progresso computacional se torna significativamente mais rápido, menor e mais eficiente ao longo do tempo. Que enfrentamos uma taxa de mudança cada vez mais rápida é inegável. As empresas que não acompanharem rapidamente ficarão para trás. De acordo com o Gartner, as organizações que adotaram uma abordagem composta em 2022 ultrapassaram a concorrência em 80% na velocidade de implementação de novos recursos
À medida que a adoção de infraestrutura composta aumenta, haverá uma mudança para um modelo de TI mais centralizado. Embora a TI não desapareça, o sistema tradicional mudará. Em vez disso, mais responsabilidade recairá nas linhas de negócios nas quais veremos a contratação de pessoal técnico, desenvolvedores e outros que apoiem e adotem a nova ordem.