Um novo modelo de negócio para p mercado de ECM

Dando continuidade a Entrevista da edição 21 ( Nov/Dez 2010) o vice-presidente da AIIM, Atle Skjekkeland, que esteve recentemente no Brasil durante o ECMShow 2010, fala de como a força tarefa da AIIM e do renomado autor Geoffrey Moore, mostram os caminhos futuros do ECM, enquanto negócios e os agressivos investimento em Sistemas de Negócios Sociais estão sendo concebidos para melhorar drasticamente a produtividade dos trabalhadores da informação. 

[private] Document Management: Como o novo modelo de Negócios Sociais impactará as empresas que utilizam o ECM para tomada de decisão daqui para frente?
Atle Skjekkeland: Esse Sistema de Comprometimento com Negócios Sociais, reforça a capacidade dos trabalhadores da informação para cooperarem uns com os outros, de forma rápida, a fim de melhorar a flexibilidade operacional e o envolvimento com os clientes.

Como já dito pelo presidente da entidade, John Mancini, estamos prestes a ver uma nova mudança massiva no mercado, impulsionada aqui nos EUA pela recente crise econômica e pela popularização das tecnologias para consumidores e empresas.

Essa nova fase se caracterizará por uma grande oferta de  tecnologias para dispositivos móveis e uma maior disponibilidade de largura de banda para utilização.

DM: Qual é a principal mudança que ocorrerá no mercado de venda de soluções de ECM as conclusões da AIIM?
A.S.: De acordo essa pesquisa realizada pela AIIM com orientação e participação do autor Geoffrey Moore, uma das principais mudanças para a recuperação econômica de muitas emrpesas reside no investimento agressivo no que estamos chamando Sistemas de Negócios Sociais.

Ele foi concebido para melhorar drasticamente a produtividade dos trabalhadores do conhecimento de nível médio dentro das empresas.

Esse Sistema de Comprometimento vem reforçar a capacidade dos trabalhadores do conhecimento, de forma rápida, para cooperar uns com os outros, a fim de melhorar a flexibilidade operacional e engajamento do cliente.

Como disse Moore
passamos as últimas décadas investindo em TI mas com foco na implantação de Sistemas de Registro. Estes sistemas permitem realizar coisas importantes, como as transações comerciais centralizadas, padronizadas e automatizadas em uma base global, permitindo assim um melhor comércio mundial. Em segundo lugar, eles permitem uma gestão, a partir do topo da pirâmide das decisões, dando uma visão global do estado dos negócios, permitindo assim uma melhor gestão do negócio globalmente.

Gastos com tecnologias de Gestão de Conteúdo estão no cerne de Sistemas da Registro que irão  continuar e expandir, a medida que estas soluções tornarem-se mais disponíveis e relevantes para organizações, principalmente, para as de pequeno e médio portes.

DM: No que, então, estes novos sistemas voltados para o comprometimento junto ao cliente mudam a visão das empresas que compram tecnologias de gestão da informação?
A.S.: Mudam exatamente num aspecto importante, o de se fazer negócios com base nas ferramentas que dispõem, na necessidade de melhorar sua habilidade de negócios e a capacidade de resposta  que vai conduzir as organizações a melhorarem sua produtividade e a velocidade na tomada de decisão.

Reforço que a nova onda de investimentos em sistemas de comprometimento, se concentra em fornecer aos trabalhadores do conhecimento às ferramentas necessárias para colaborar com um objetivo comercial.

As tecnologias para o Sistemas de Comprometimento, estão no coração dessa transição. Elas são emimentemente sociais e colaborativas por natureza.

DM: Como este modelo vai mudar envolvimento com o cliente?
A.S.: A partir dessa percepção move-se o controle para abrir a colaboração para melhorar o acesso a inovação. Com elas também desloca-se da operação orientada aos negócios para operação interativa e orientada, onde o valor não está no negócio mas na conversa com o cliente.

Nesse modelo os usuários não precisam aprender como usar as soluções tecnológicas porque eles já sabem como usar as redes sociais e outras ferramentas de negócios sociais enquanto consumidores.

O modelo prevê ainda que a segurança é uma questão importante, mas, ao mesmo tempo, será preciso lidar com os aspectos da privacidade de cada cliente.

As ferramentas do Sistema de Comprometimento não são de conteúdo empresarial, estão baseadas na troca de idéias, na conversa.

Mas essas conversas são valiosas para as empresas e precisam de gestão. Isto significa que se precisa de uma ligação entre o ECM e o Sistema de Negócios Sociais, com a ajuda de normas, regulamentações, taxonomias e modelos de segurança.

DM: Em que dados estão baseadas estas percepções para o mercado?
A.S.: Segundo o Gartner a maioria das empresas gastam menos hoje em TI do que eles fizeram em 2008. O Gartner acredita que até 2015, a Era da Mentalidade de Recessão, de pagar por futuros investimentos por meio da poupança obtida a partir de operações de TI existentes, prevalecerá.

Assim, é fato que os CEOs estão forçando uma mudança dos gastos com TI, longe de automação do núcleo do processo de negócio e com redução dos riscos.

Eles estão apostando numa resposta maior do mercado e numa maior habilidade na sua realização , além do envolvimento do cliente.

DM: Então, as ferramentas sociais serão o grande agente dessas mudanças?
A.S.: Acredito que sim. As ferramentas sociais representam a maior mudança na TI desde o surgimento do e-mail. O problema é que a TI  ainda é centralizadora, enquanto a Internet  trata de espalhar as informações para todos.

No início de 2010, o Forrester Group anunciou em uma pesquisa que mais de 50% dos trabalhadores dos EUA, acreditam que dispôem de uma tecnologia melhor em casa, do que no ambiente de trabalho.

O centro da inovação em TI, migrou do departamento de TI para os trabalhadores do conhecimento, o que muda o papel desse departamento. Eles deverão ser parceiros e conselheiros dos trabalhadores e não mais um agente controlador.

DM: E como isso vai influenciar o futuro das soluções de ECM?
A.S.: As soluções deverão migrar do controle para a colaboração, a fim de melhorar o acesso e também às fontes de inovação. Elas se movimentarão da operação orientada para interatividade orientada.

O valor estará focado no diálogo, na comunicação. Dessa forma, os usuários não aprendem a usar os sistemas, mas os sistemas “aprenderão” com os usuários. Embora , como já disse a segurança ainda será um problema. precisarão saber lidar com a privacidade. Por ser o diálogo a parte mais importante desses novos sistemas de negócios será sempre necessária uma ligação entre os sistemas de ECM e os Sistemas de negócios Sociais. O uso desses sistemas será colocado em prática, não porque o ROI foi estabelecido, mas porque as empresas atentas as mudanças pressentem as vantagens de colocá-lo em prática antes de seus competitidores.

DM: Podemos concluir, portanto, que o futuro das ferramentas de ECM está na colaboração?
A.S.: Nós não estamos falando apenas de colaboração pela colaboração. Também não estamos falando de empresas que criam perfis em sites de relacionamento como Facebook ou no Twitter para parecer ser “social”.

Nós estamos falando sobre a implantação estratégica de Sistemas de Negócios Sociais que podem ajudar as organizações a melhorar a flexibilidade e a capacidade de resposta de seus processos e serem mais ágeis junto aos seus clientes.

Para que as organizações implementem os Sistemas de Negócios Sociais é preciso atender três critérios básicos: como fazê-lo rapidamente; como fazê-lo de forma responsável e como fazê-lo de uma forma que atinja um objetivo comercial.

Durante o ano passado, a AIIM trabalhou em desenvolver roteiros para a implantação de Sistemas de Negócios Sociais de uma forma eficaz e segura.

A análise foi revista por 20 CIOs e executivos de TI de grandes corporações e agências governamentais e por uma força-tarefa de executivos de nove grandes empresas do mercado como: Alfresco, EMC, Hyland Software, IBM, Iron Mountain, Kodak, Microsoft, OpenText e Oracle. Esse modelo está disponível para os interessados na AIIM. [/private]

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