ICESP implanta Certificação Digital

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) é o primeiro hospital da rede pública no país a possuir 100% do seu quadro de profissionais da saúde certificados digitalmente. O projeto desenvolvido em parceria com a Certisign, empresa brasileira especializada no desenvolvimento de soluções de certificação digital, permite a integração de quase dois mil funcionários e profissionais médicos - todos com certificados digitais adaptados para utilização no PEP (Prontuário Eletrônico do Paciente).

Com a implantação do certificado digital, de agora em diante, todos os arquivos, prontuários e documentos utilizados internamente passam a ser assinados digitalmente e os profissionais assumem sua responsabilidade sobre anotações e prescrições realizadas, uma vez que a autoria é garantida. Ou seja, tanto a geração, quanto a armazenagem dos arquivos são eletrônicas.

Segundo Julio Cosentino, vice-presidente de relações institucionais da Certisign, “o principal benefício do projeto foi à integração da certificação digital em todos os procedimentos de atendimento aos pacientes do hospital, onde funcionário e médicos assinam digitalmente todas as documentações no PEP. Além de ganhar em produtividade e segurança, os documentos assinados digitalmente possuem validade jurídica que beneficiam a instituição na eliminação da necessidade de impressão”.

O projeto-piloto foi iniciado em março de 2010, contemplando inicialmente cerca de 30 profissionais que atuavam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). De acordo com as necessidades percebidas diariamente, o sistema foi ampliado até incluir demais setores do hospital-escola.

“Nós precisávamos de um projeto que garantisse um processo assistencial interno com alto nível de segurança aos pacientes e que nos permitisse acompanhar todo o atendimento realizado diariamente. O objetivo, neste caso, é gerar eficiência e eficácia na gestão do ICESP. O projeto também precisava ser passível de integração ao sistema  de prontuário eletrônico do paciente, vantagem que resultaria na eliminação da impressão de documentos e, ao mesmo tempo, daria respaldo jurídico para eliminarmos o armazenamento de papéis. Isso porque consumimos cerca de 800 mil folhas por mês e ocupamos cerca de ¼ de um andar para guardar os papéis durante o período solicitado pela legislação brasileira”, explica Kaio Jia Bin, Diretor de TI do ICESP.

Além disso, era prioridade que o projeto integrasse todas as etapas e alas envolvidas no processo de tratamento e atendimento ao paciente. “Quando você medica alguém, por exemplo, é necessário que a farmácia saiba que há um remédio a menos e um outro departamento precisa saber que deve repor o medicamento que acabou de ser utilizado, assim como o técnico deve saber quem precisa tomar aquela medicação. Sem contar que o ‘kit cirúrgico’ reduziu de seis folhas para apenas uma tela de computador”, detalha Kaio Jia Bin.

Entre os desafios principais estavam a adaptação de médicos, enfermeiros e técnicos ao novo formato de trabalho. Para incentivar o uso da tecnologia foi oferecido um certificado digital a todos os profissionais que prestam atendimento na instituição, inclusive, os como residentes e plantonistas.

Para garantir a adesão dos profissionais, que trabalham em horários alternados e fora do padrão comercial (das 6h às 18h), a Certisign organizou horários especiais em dois turnos para a emissão dos certificados. Também desenvolveu um trabalho, em parceria com o RH da instituição, de conscientização e mobilização sobre os benefícios da tecnologia, tanto para os médicos, quanto para os pacientes.

De acordo com Cosentino, vice-presidente de relações institucionais da Certisign, a certificação digital possui soluções completas que permitem reduzir custos operacionais integrando-os ao aumento de segurança e eficiência operacional das instituições do setor, uma vez que auxilia na prevenção de erros hospitalares. “E pelo fato do ICESP ser um hospital-escola ligado a Faculdade de Medicina de São Paulo, eles são vistos como modelo e referência nacional a todo instante, pois são um verdadeiro laboratório de pesquisas em busca de melhores resultados e qualidade da prestação de serviços. Por isso, a necessidade de modernização e criação de novos paradigmas”, explica executivo.

O prédio de 28 andares, localizado próximo à Avenida Paulista, em São Paulo, e com quase quatro anos de operação, realiza cerca de 12 mil atendimentos por mês com diagnóstico de câncer. Recentemente, a instituição atingiu também a marca de um milhão de procedimentos médicos.

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