Por Cleber Muramoto, Head de Pesquisa e Desenvolvimento na Nextcode.
Atualmente, os desafios pautados pelo meio empresarial são numerosos e convergem com um momento extremamente delicado, que se volta para a recuperação econômica de setores importantes. Se nos últimos anos, a tecnologia exerceu uma função pontual de contenção e manutenção de processos, esse protagonismo só tende a aumentar, dado o aumento de uma grande diversidade de demandas internas. O primeiro passo, de certo, é reconhecer como e onde o componente tecnológico pode ser aplicado, de modo que o mesmo prepare um terreno operacional robusto, ágil e seguro. Com o cenário para 2022 exposto para reflexão, a pergunta remanescente é: sua empresa está preparada?
Evidentemente, existem questões exclusivas à realidade de cada organização, que se relacionam de forma única à implementação de soluções inovadoras. Portanto, seguindo essa linha de raciocínio, algumas medidas são imprescindíveis, influenciando no uso adequado de ferramentas específicas, a exemplo do onboarding digital, que, se apresentado como uma solução incremental, é capaz de facilitar etapas de integração em processos heterogêneos, atendendo às necessidades específicas do usuário de forma personalizada.
Para o ano que se aproxima, a automatização de processos vai além do aspecto técnico, mostrando-se preponderante para uma cultura corporativa respaldada por pilares de escalabilidade, resiliência e disrupção.
Fluxo de dados é peça central do debate
O fluxo de dados representa uma vertente cuja relevância é imensurável para empresas dos mais diversos portes e segmentos. Se existe qualquer tipo de movimentação e armazenamento de informações, tal etapa operacional está sujeita a variáveis amplas, em termos legais, estratégico e processuais. Postergar ações voltadas para a integridade e o uso otimizado dos dados não só coloca a empresa em um estágio de morosidade prejudicial, como pode comprometê-la sob um viés legislatório. Vale destacar que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) está em vigência desde 2020.
Desse modo, para o gestor e seus colaboradores, investir em uma infraestrutura funcional, capaz de suportar um nível elevado de tráfego de dados, demonstra um caráter de obrigatoriedade inegável. Não existe transformação digital completa sem que a cibersegurança esteja inclusa nessa transição, especialmente se olharmos para 2022 como uma porta de entrada para novas alternativas tecnológicas.
Cabe mencionar, também, o poderio analítico a ser extraído com base em dados refinados pela tecnologia, que poderão culminar em insights proveitosos. Aqui, surge a possibilidade de se construir uma cultura corporativa orientada à inteligência analítica, favorecendo à execução de iniciativas muito mais assertivas, de acordo com as necessidades emergentes.
Simplificação, agilidade e segurança: a tríade tecnológica
Situações adversas continuarão a surgir, isso é fato. Diante fatores externos, que fogem do controle das empresas e as desafiam com certa recorrência, o segredo está na resposta concedida pelas organizações, e como as mesmas se comportarão em cenários de instabilidade generalizada. Para que a tecnologia atenda às expectativas depositadas em suas contribuições, é preciso compreendê-la como um elemento agregador, que reúne mudanças alinhadas com os dias atuais.
Não se trata de substituir práticas antiquadas a fim de monopolizar a presença tecnológica, mas de enquadrá-la como um agente conciliador, elaborado para simplificar processos, fornecer um novo dinamismo à rotina operacional e garantir a segurança de procedimentos sensíveis a rigor de lei. Com esses princípios bem resolvidos no âmbito interno, será possível atingir o nível desejado de inovação empresarial.
Finalizando o artigo, para 2022, essa convergência entre o protagonismo humano e o respaldo técnico ligado à tecnologia pode ser o ponto de equilíbrio ideal para que cada vez mais empresas aproveitem o real potencial por trás da automatização, deixando um amplo horizonte de oportunidades a serem convertidas em movimentos que beneficiem o negócio e, principalmente, as pessoas envolvidas nas atividades corporativas.