A virtualização de gerenciadores de banco de dados é uma prática que requer cautela por lidar com processos criteriosos, uma vez que a solução precisa estar sempre disponível com o maior poder de processamento possível. Ainda assim, ela tem se tornado cada vez mais recorrente por conta do aumento do poder de processamento dos servidores, do uso de cloud computing e outros fatores. Entre alguns benefícios, a virtualização permite maior desempenho na entrega do serviço e recuperação de desastres de maneira contínua e segura.
Para implementar a técnica sem problemas, Luiz Henrique Ernica, Suporte Técnico Sênior da TmaxSoft, aponta os três principais erros que CIOs cometem ao optar pela virtualização do banco de dados e como evita-los:
1. Subdimensionar a memória do banco de dados
Memória é um recurso fundamental para gerenciadores de bancos de dados. Virtualizar muitas instâncias de RDBMS (Relational Database Management System) em um único servidor físico pode causar perda de performance. Para driblar esse risco, é necessário entender o quanto de recurso de memória cada instância do banco de dados demanda para, assim, dimensionar a quantidade ideal de virtualização de instâncias possíveis em cada servidor físico. Afinar o dimensionamento garante o SLA de performance dentro dos limites estabelecidos.
2. Não compreender as regras de licenciamento de software impostas por seu fornecedor
Nem todos os provedores de banco de dados contam com uma política de licenciamento clara e favorável à virtualização. Em alguns casos, não é permitido licenciar o software pelo número de CPUs ou cores virtuais, limitando apenas à quantidade física. Isso pode ser um fator determinante em casos onde a necessidade de virtualização do banco de dados seja para um número limitado de processadores lógicos em um ambiente que possua diversas unidades de processamento físicos ou, ainda, em um banco de dados que esteja hospedado em uma cloud. Por isso, procure sempre por parceiros que tenham regras transparentes e que sejam aderentes à realidade do negócio: se a empresa conta com um ambiente em nuvem, o licenciamento deve ser feito contemplando esse fator.
3. Definir recursos de processamento sem avaliar o sistema como um todo
Assim como o dimensionamento de memória é importante para a correta operação dos gerenciadores de banco de dados, a alocação de unidades lógicas de processamento é fundamental para a operação do mesmo. Compreender o volume de acessos online simultâneos em operações online, bem como o comportamento do processamento de operações em ambiente batch no banco, é essencial. Com base nessas características, é possível definir a quantidade de processos e threads que atendem à demanda e, consequentemente, a quantidade de unidades lógicas de processamento adequadas. Alguns gerenciadores de bancos de dados permitem, inclusive, a configuração automática destes recursos no servidor segundo essas métricas.
Desse modo, a virtualização pode se tornar uma boa opção para empresas que buscam rapidez na troca de informações, escalabilidade de acordo com a demanda do negócio. Ainda, traz outros benefícios que agregam valor à companhia, como a implantação de uma “TI verde”, já que diminui custos com energia elétrica e aquisição de espaços físicos, bem como escalabilidade de acordo com a demanda do negócio e alta disponibilidade.