Por Tiago Farias, CO-CEO TrueChange
Segundo o Gartner, até 2023 mais de 50% das médias e grandes empresas terão adotado o low-code como uma de suas principais plataformas para a criação de aplicações estratégicas.
Atualmente, elas estão no centro das atenções por vários motivos. E isso inclui a falta de desenvolvedores de software qualificados, as dificuldades de escalabilidade do desenvolvimento tradicional e a necessidade de resolver rapidamente os problemas de negócio trazidos pela transformação digital.
O cenário atual não permite mais meses de trabalho e custos exorbitantes. É aí que entram as plataformas low-code. No entanto, muitas empresas costumam ter ideias erradas sobre esse tipo de desenvolvimento e o seu potencial. Conheça, os 5 mitos mais comuns sobre o low-code.
Mito 1- Low-code é usado apenas em citizen developments e em projetos simples
Muitos têm a ideia de que as ferramentas de low-code mais recentes permitirão que seus analistas de negócios se tornem “desenvolvedores cidadãos” (citizen developments), construindo aplicações que atendem exatamente às suas necessidades.
Nesse cenário, você pode impulsionar a transformação digital sem ter que esperar pelos escassos recursos do desenvolvimento tradicional. Infelizmente, isso não é verdade.
Claro, algumas plataformas de low-code permitem que os usuários de negócios criem aplicações simples. Mas as soluções que suportam a transformação digital não têm esse perfil.
Dito isso, uma boa plataforma de low-code pode fornecer ferramentas que ajudam tanto os projetos de citizen developments como os realizados por desenvolvedores profissionais a colaborar nos requisitos e interfaces do aplicativo.
Mito 2 – Plataformas low-code aceleram a velocidade do desenvolvimento, mas sem qualidade
Vários fatores contribuem para um lançamento de software bem-sucedido. Planejamento abrangente, comprometimento das partes interessadas, boa liderança e processos de desenvolvimento.
Tudo isso é igualmente importante para projetos desenvolvidos em plataformas low-code, assim como em um projeto de desenvolvimento tradicional. Com o low-code, você pode acelerar a entrega do software, desde que gerencie bem o projeto. Esse será o segredo para uma entrega com qualidade.
Mito 3 – Não existe programação personalizada em low-code
As plataformas de low-code oferecem ferramentas de desenvolvimento visual para que desenvolvedores possam colaborar e projetar rapidamente aplicações que atendam a qualquer necessidade de negócio.
Os recursos e modelos de arrastar e soltar cobrem casos de uso comuns, minimizando o desenvolvimento tradicional e liberando a equipe técnica para se concentrar na personalização que torna suas aplicações exclusivas.
Essa interface sem programação é tão atraente que algumas pessoas pensam que é tudo. Mas isso é apenas o começo. As plataformas de low-code permitem que você vá além de seus recursos de design visual, para que possa estender facilmente qualquer parte de uma aplicação que seja construída.
Os engenheiros de software podem usar o low-code para desenvolver extensões de código reutilizáveis. Aproveitando APIs do cliente e do servidor, os desenvolvedores podem criar, empacotar e distribuir novas funcionalidades, como conectores para serviços externos, aprendizado de máquina e Inteligência Artificial (IA).
Mito 4- Não há escalabilidade
De pequenas a grandes empresas, as plataformas de low-code são um passo à frente do desenvolvimento tradicional quando se trata de criar aplicações para desktop, celular e web.
Isso torna o low-code uma alternativa atraente para a construção de soluções de negócios em grande escala para esforços de transformação digital. As plataformas de low-code têm escalabilidade e são adequadas para milhares de usuários e milhões de conjuntos de dados.
O uso de uma plataforma low-code torna mais fácil para as empresas criar aplicações robustas, exclusivas e complexas com mais rapidez do que as ferramentas de desenvolvimento tradicionais. O low-code é uma questão de ganho, não de prejuízo.
Mito 5 – Plataformas low-code não são flexíveis
Seja usando uma plataforma de automação de código aberto ou proprietária de low-code, a impressão que muitos desenvolvedores têm é que os componentes do código gerado não são flexíveis.
Espera-se que os componentes gerados precisem de modificações, lógica de negócios customizada ou acréscimos de integração para garantir que estejam em conformidade com os padrões de API existentes na organização.
Sempre há a necessidade de modificar os componentes gerados ou adicionar lógica de integração, garantindo a conformidade com as escolhas arquitetônicas existentes.
Em suma, as plataformas low-code podem transformar a abordagem e os processos de desenvolvimento de aplicações para qualquer negócio.
Ao capacitar os citizen developments e complementar os desenvolvedores profissionais, as empresas podem implementar rapidamente aplicações com segurança e escalabilidade