Especialista em tecnologias para controle de acesso, a Digicon lança um conceito pioneiro no mundo, o dFlow. São bloqueios para controle de acesso de pedestres que permanecem sempre abertos no conceito de passagem livre, também chamado de freeflow. O equipamento será lançado no Brasil no mês de março e no exterior em abril.
Com desenvolvimento de dois anos e investimento de R$ 2 milhões, a solução é inovadora, pois alia sensores de profundidade 3D e alta velocidade de processamento para bloquear a passagem somente de pessoas não autorizadas. O equipamento tem possibilidade de rastrear mais de um usuário por vez de forma simultânea, praticamente eliminando fraudes e garantindo alta confiabilidade no acesso. Também aceita a integração com as principais tecnologias de identificação tradicionais, incluindo código de barras, RFID, MIFARE e biometrias como, por exemplo, as de reconhecimento facial.
A novidade pode ser implantada em locais de grande fluxo de pessoas como aeroportos, estações de transporte público, estádios, hospitais, escolas, prédios comerciais e sítios industriais. Testes preliminares mostram que o dFlow, com uso de identificação sem contato, pode comportar um fluxo acima de 50 usuários por minuto em relação a 20 usuários por minutos nos dispositivos tradicionais. "Trata-se do lançamento de um novo conceito em bloqueios, superior ao qual convivemos até hoje, não somente no Brasil, mas no mundo. O dFlow é o primeiro no mercado que atende a este novo conceito. É um produto premium, com um bom custo-benefício para diversos segmentos", destaca o diretor-presidente da Digicon, Peter Elbling.
Ainda, segundo Elbling, a ideia do dFlow partiu de questionamentos da equipe de engenharia de que todos os bloqueios estavam sempre fechados. "Isso não fazia muito sentido, afinal a maioria de usuários tem credenciais válidas de entrada e não deveriam ser bloqueados. É somente uma minoria, e eu diria muito pequena, que não tem direito de acesso", diz.
Diferenciais garantem alta segurança
ADigicon se propôs a quebrar paradigmas para criar um produto no qual sua condição normal é sem impedimento de entrada. O primeiro desafio foi o de chegar a uma tecnologia para fechar as portas de forma mais rápida e somente para o usuário não autorizado.A inovação foi substituir a quantidade limitada de feixes infravermelhos utilizadas nos bloqueios tradicionais para um sensor com um número quase infinito de feixes virtuais abrangendo toda a região de passagem. Isso faz com que o dFlow siga o usuário de forma contínua ao invés de ponto a ponto e mostra, por meio de cores, a categoria a qual cada usuário pertence. A tecnologia permite inclusive que pessoas passando lado a lado sejam identificadas como autorizadas ou não.
As pessoas podem ser identificadas por cores. Em um prédio comercial, por exemplo, o verde pode indicar as credenciais de funcionários; o azul, de visitantes; o amarelo, de profissionais terceirizados, e o vermelho, de pessoas não autorizadas. As configurações são customizadas para cada aplicação (mais de 16 milhões de cores) e permitem o controle e gestão de relatórios de forma precisa e com diversas possibilidades de filtros e combinações.
O segundo desafio do dFlow era de como controlar o fechamento das portas no caso de não autorizado. Com a tecnologia de seguir o usuário, o sistema gera informações de posição e tempo e, assim, é possível movimentar as portas de forma proporcional à posição, velocidade e aceleração do usuário não autorizado. Se o usuário não autorizado se desloca lentamente, as portas do dFlow fecham devagar. Porém, se o usuário não autorizado se desloca rapidamente, as portas também fecham de forma ágil. A mesma lógica ocorre para abertura, no caso do afastamento do usuário não autorizado da área controlada. "O hardware de controle é muito rápido e os algoritmos muito precisos", explica. Essa tecnologia se mostrou eficaz para barrar os usuários caronas, inibindo as fraudes.
Usando o conceito de swing doors, a largura das laterais dos bloqueios é a mesma para qualquer passagem entre 500 e 900 milímetros. O modelo de 900 milímetros permite um deslocamento com conforto de mais de uma pessoa. Mesmo assim, o sistema de controle identifica um ou mais usuários caronas fechando as portas para evitar a sua entrada na área controlada. Usuários carona são identificados mesmo estando lado a lado de um usuário comum.