Desconfiança não é mais o maior obstáculo da nuvem

Já se foi o tempo em que a nuvem era vista pela maioria com desconfiança. Colocar dados sensíveis fora da estrutura de 20151019-tecno01segurança corporativa parecia algo irracional. Hoje, os softwares baseados na nuvem são vistos como uma maneira inteligente de reduzir custos, garantir a elasticidade da estrutura de TI, mesmo que estes sistemas contenham informações sensíveis. Em alguns casos, sistemas na nuvem apresentam um nível de segurança maior que sistemas tradicionais de software on-premise.

 

A confiança na nuvem cresceu e os provedores de serviços na nuvem reforçaram sua segurança. O Gartner prevê que, em 2016, 95% dos incidentes de segurança envolvendo a nuvem serão culpa do usuário/administrador. O modelo de negócio das empresas fornecedoras de serviços na nuvem depende principalmente da prevenção de incidentes e conta com altos investimentos em profissionais de segurança bem capacitados.

 

Agora, o obstáculo à adoção da nuvem é outro: força de trabalho. As empresas contratantes terão de aceitar que também têm responsabilidade na segurança da nuvem e terão de investir em profissionais capacitados para proteger seus ativos.

 

Falta de profissionais

Em 2015, uma pesquisa feita pela Frost&Sullivan com 313 empresas brasileiras mostrou que 41% das empresas no Brasil já usam a computação na nuvem e 42% planejam investir em tecnologia.

 

No Brasil e em todo o mundo, as empresas já sofrem com a falta de profissionais de segurança da informação qualificados. Reter esses talentos também se tornou uma tarefa árdua devido à escassez de recursos.

 

Uma pesquisa realizada pela Cloud Security Alliance (CSA), uma organização dedicada à definição e à difusão das melhores práticas de segurança na nuvem, revelou que a falta de expertise é a maior barreira à detecção efetiva e a principal causa da perda de dados na nuvem.

 

Aproveite a oportunidade

As empresas contam com algumas alternativas para lidar com a falta de mão de obra. Existe, por exemplo, uma série de soluções tecnológicas que buscam preencher a lacuna de expertise dos profissionais em segurança da nuvem. As organizações também podem contratar empresas de segurança que têm seus próprios profissionais especializados em segurança na nuvem.

 

Conferências e compartilhamento de informações entre as empresas que usam soluções na nuvem também desempenham um papel importante na difusão de conhecimentos. É possível investir em fóruns e programas educacionais focados em segurança.

 

A falta de expertise em segurança na nuvem também pode pressionar a equipe de segurança da TI para que desenvolva estratégias mais consistentes, com tecnologias e processos capazes de otimizar as operações diárias. As organizações podem investir, por exemplo, na automação de tarefas de segurança por meio de APIs na nuvem e outras soluções que possam estender a infraestrutura de segurança existente.

 

A segurança da informação está sob constante pressão para que se alinhe aos objetivos de negócio e muitas das ferramentas exigidas para isso dependem de serviços na nuvem. Ainda há pouco definido sobre quais são as melhores práticas de segurança na nuvem, mas isso não é razão para deixar de explorar todo o seu potencial na criação de novos produtos e serviços para melhorar a experiência do cliente e a eficiência das empresas. É a oportunidade perfeita para investir nessa área, sair na frente e gerar inovação e diferenciação.

 

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