É preciso ter informação sobre seu negócio para ser capaz de treinar os robôs, afirma CEO da Lab 245 e presidente da Assespro-RJ, Maria Luiz Reis
Por Prado Junior
Uma pesquisa realizada pela consultoria americana Accenture e chamada de Technology Vision mapeou as principais tendências tecnológicas para os próximos anos. Realizado com base na resposta de mais de 6 mil executivos de 25 países, o estudo aponta que a inteligência artificial é um dos temas que estará em alta.
De fato, é um mercado em crescimento e que deve ter seus resultados multiplicados nos próximos anos. Dados do IDC apontam que os gastos globais com técnicas de inteligência artificial devem ser de quase 98 bilhões de dólares em 2023. É mais de duas vezes o valor gasto em 2019, 37,5 bilhões de dólares.
O Instituto Information Management conversou com Maria Luiza Reis, CEO da Lab245 Software, empresa fabricante dos produtos Folder245 especializados em Gestão de Documentos, Gestão de Processos e Inteligência de Negócios.
Maria Luiza, que também é presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação do Rio de Janeiro (Assespro-RJ), aponta os cuidados que as empresas devem tomar.
“Inicialmente, para uma empresa entrar na ‘onda’ da inteligência artificial de verdade, a primeira coisa a fazer é ter informação do seu negócio para ser capaz de treinar os robôs. Para isso, começamos em várias frentes:
1 - Registros de operações da empresa: vendas, compras, documentos como contratos, correspondências, cadastro de clientes, registros de suporte, atividades de prospecção e vendas etc.
2 - Depois a empresa deve ter o mapeamento dos processos para: substituir atividades repetitivas por robôs, substituir atividades complexas e de muito cálculo por robôs, substituir decisões baseadas na intuição em análise preditiva e conectar atividades que não estavam conectadas anteriormente.
Dispondo deste conjunto de dados, a empresa poderá adotar uma plataforma de inteligência artificial como a Magali Robot, por exemplo, para automatizar e monitorar processos e dar insights do negócio”, esclarece.
De acordo com a executiva é preciso compreender a capacidade de uma ferramenta como essa. “Algumas entendem o poder de uma plataforma de IA, outras querem somente aderir à modernidade. Compreender o que uma ferramenta dessas é capaz de fazer é o que vai fazer diferença no sucesso e no fracasso”, alerta.
Na edição de março da Revista Information Management você acompanha a entrevista completa com Maria Luiza Reis. A CEO da Lab 245 e presidente da Assespro-RJ aborda assuntos como RPA e Lei Geral de Proteção de Dados.