O fator humano

O fator humano

Um tema que vem tomando cada vez mais espaço na mídia e na agenda de muitos profissionais da tecnologia da informação atende pelo nome de Inteligência Artificial.

Da mesma forma que robôs tomaram conta da indústria, a inteligência artificial entra em cena com a mesma abordagem: substituir tarefas repetitivas, com base em regras específicas e que são passiveis de serem executadas por hardware e software.

E a inteligência artificial aplicada em robôs mecânicos tem experimentado uma evolução notável, com robôs inteligentes executando as mais variadas tarefas no nosso cotidiano. Já temos a disposição alguns robôs domésticos inteligentes no mercado.

Porém, por mais que a tecnologia evolua, o fator humano sempre terá sua importância e deveria sempre ser levado em consideração. 

Um grande exemplo foi mostrado no filme baseado em um caso real, mostra como o fator humano foi decisivo para salvar 155 pessoas de um acidente que poderia ter um fim trágico. Sully - O Herói do Rio Hudson, mostra com detalhes a reação do piloto frente a uma situação de emergência. 

Em uma janela de tempo de segundos, teve que tomar uma difícil decisão. 

Nessa hora, o fator humano, o instinto e a experiência de 42 anos fizeram a diferença.

Como procedimento das regras de aviação, todo incidente ou acidente deve ser devidamente investigado e neste caso, todas as simulações realizadas em simuladores e com pilotos experientes concluíram que o piloto poderia ter decidido por um caminho mais seguro. 

Em um ponto também decisivo e curioso, durante as simulações não foi levado em consideração os procedimentos descritos no manual para este tipo de emergência. 

Se fossem seguidos, durante a simulação deveria ser acrescido 35 segundos ao tempo de reação dos pilotos.

Ou seja, nas simulações não foi seguido os procedimentos para este tipo de situação e novamente neste caso não fosse uma intervenção do piloto, durante o julgamento, para colocar este tempo nas simulações, o resultado seria o oposto.

Em outra matéria, eu citei dois filmes que mostram da mesma forma, os dois lados. 

O uso da tecnologia para embasar a escolha de jogadores de baseball é mostrado muito bem no filme Moneyball ou O Homem que Mudou o Jogo no Brasil

Neste filme, um time de baseball contrata um consultor que utiliza base de dados estatísticos de jogadores nas suas variadas posições para definir um time campeão em contrapartida a um time “de” campeões, onde os valores de contratação estariam bem acima da capacidade financeira do time. Um time de custo baixo, porém com grande potencial para ser campeão. Algo que já presenciamos no futebol brasileiro.

Em contrapartida a este cenário, outro filme mostra exatamente a questão do fator humano. 

O filme Trouble with the Curve, Curvas da Vida no Brasil, mostra como um “olheiro” com muita experiência e quase cego, consegue avaliar um jogador com uma abordagem totalmente diferente dos aplicativos e dados estatísticos. Vale a pena assistir aos três filmes.

O fator humano com toda a experiência acumulada em anos de trabalho pode ser o grande diferencial em tempos de Inteligência Artificial, Big Data, BI entre outras tecnologias da informação, quando se trata de tomar decisões importantes no dia a dia e como podem mudar o rumo de qualquer organização. 

Mas qual seria o limite da inteligência artificial? Se é que pode existir um limite. 

E já que estamos falando de filmes, assistam mais um, Westworld e tirem suas conclusões do que ainda esta por vir.

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