Mídias sociais e sistemas colaborativos: uma relação íntima

Paulo Sérgio Farias*

 

Mobilidade, interconectividade e sistemas colaborativos são conceitos que têm muito em comum e que se fortaleceram com a popularização das mídias sociais e com a prática da construção coletiva do conhecimento.

A importância da mídia social no desenvolvimento dessas ferramentas de software utilizadas em redes de computadores para facilitar a execução de trabalhos em grupos vincula-se diretamente à finalidade de ambos: conectar pessoas com objetivos comuns, que no caso dos sistemas colaborativos materializa-se na elaboração de uma tarefa, qualquer que seja ela, sem descuidar da segurança, que é garantida pelo controle do acesso.

O crescimento das mídias sociais, como o Facebook e o Twitter, assim como o desenvolvimento das intranets e as redes sociais corporativas – que inclusive substituem os e-mails – favoreceram esse desenvolvimento, pois dão mais confiabilidade e produtividade ao processo, reduzindo a margem de erro e abolindo a troca de arquivos e as confusões geradas pela utilização de versões desatualizadas de um documento, por exemplo.

Com várias nomenclaturas – a exemplo de groupware, online collaboration, web collaboration ou colaboração online – os sistemas colaborativos representam uma quebra de paradigma importante, que se aproxima do conceito de criação coletiva do conhecimento. Além disso, desenvolvem-se em resposta à própria necessidade das empresas na automação de sua camada estratégica, a de tomada de decisões, uma vez que a automatização da operação já é usual graças aos sistemas transacionais.

Se levar-se em conta que 90% das médias e grandes empresas estão com operações automatizadas, o momento, agora, objetiva ultrapassar a fronteira do aumento da produtividade via sistemas, melhorando o ambiente de colaboração e de realização de tarefas.

As vantagens desses sistemas são rapidamente percebidas e comprovadas, e se concretizam no aumento da produtividade, na redução de custos, nos ganhos de escala, na integração em cadeia de parceiros e fornecedores, na gestão de conteúdo, no workflow, na pesquisa de documento favorecida por ferramentas de busca dedicadas, na automação do processo.

A isso se agregam os Dashboards, que disponibilizam o acesso, análise e visualização de informações críticas de negócio através de relatórios, planilhas e painéis de indicadores. Para isso, fornecem informações imediatas sobre o desempenho dos negócios em toda a empresa. Tipicamente, são gerados para os gerentes e executivos que precisam de visão geral do negócio e consideram primordial dispor de visualização intuitiva e oportuna dos dados estratégicos, financeiros e operacionais.

De forma prática, os sistemas colaborativos estabelecem pontos de encontro na web, para as pessoas interagirem como um time ao passo que criam, gerenciam, acessam e compartilham informações relacionadas ao seu contexto de trabalho. Além de promoverem a rápida localização de informações no âmbito corporativo, favorecem a interação entre pessoas e processos de negócios por meio de fluxos de trabalho e formulários eletrônicos.

Estimulados pelo desenvolvimento de ferramentas diversas, com diferentes níveis de complexidade e composição, os sistemas colaborativos são recentes, começaram a se popularizar no biênio 2011/2012 e devem estar listados entre as principais tendências para 2013.

 

*Paulo Sérgio Farias é diretor de operações da UB Sistemas

 

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