Informação, Processos e Tecnologia

A revista Information Management, tem sua primeira edição após um processo de reposicionamento estratégico em relação a sua predecessora  Document Management, coloca como título do editorial: “A nova fronteira da informação”.

Este título é bem oportuno e na verdade reflete uma realidade de mercado, onde cada vez mais ganha importância estratégica a implantação de soluções voltadas a Gestão da Informação de forma eficiente e segura, tendo como principal objetivo atender a otimização dos processos de negócios e garantir o acesso a informações estratégicas para tomada de decisão e planejamento de médio e longo prazo.

A TI sempre foi e será o sustentáculo e ferramenta utilizada em empresas de todos os segmentos e terá uma importância crucial quando se trata de viabilizar as diretrizes da Gestão da Informação e Processos.

Porém, algumas matérias publicadas na mídia especializada em TI mostram algumas tendências importantes, como relatado na matéria da Computerworld, em 20/02/2012: “Departamentos de TI podem ser terceirizados em 5 anos”.

Pela matéria podemos concluir que a TI se torna cada vez mais se “mercadoria” e isso está levando as empresas a optarem pelo modelo de outsourcing.

Como justificativa para esta tendência, a matéria relata que a TI por si só não agrega valor ou se agrega esta não é visível e perceptível aos olhos da alta direção.

Não há como uma empresa sobreviver sem TI. Este paradoxo pode ser explicado em parte ao se analisar todo o escopo envolvido em projetos de ECM/EIM. Ou seja, o cenário atual nos remete a refletir mais sobre a Informação e Processos antes de Tecnologia. Ou refletir mais sobre quais tecnologias fazem a diferença na Gestão de Informações e Processos.

Detalhando mais, precisamos acima de tudo responder a algumas outras questões vitais quando se trata de melhor aplicação da TI:

Como a tecnologia pode otimizar processos que sequer temos mapeado, documentado e modelado e/ou melhorado?

Que informações a tecnologia deve, de forma otimizada, segura e eficiente, capturar, processar, gerenciar, armazenar, preservar e distribuir?

Para responder a estas questões, temos ainda outra questão: Quem ou que departamento da empresa deve definir estes pontos? Projetos e processos serão envolvidos, assim como os responsáveis pelo acervo documental, profissionais em gestão documental como arquivistas,  bibliotecários e historiadores,

Fazendo uma analogia simples, de que adianta robôs de alta tecnologia se não temos um produto que atenda às necessidades de mercado?

Em uma reunião com uma grande empresa no setor industrial, logo em seu início, recebemos o seguinte alerta: a alta administração investe sem pensar em um novo equipamento, mas é muito reticente em investir, o mínimo que seja, em projetos envolvendo Gerenciamento de Informações.

Precisamos dar mais destaque ao Gerenciamento da Informação de forma a dar um  equilíbrio ao destaque que hoje é dado para a Tecnologia da Informação.

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