Falando sério. O processo de colaboração só não ocorre na colaboração, é isso? Acho que não deveria ser assim. Nós, seres humanos, inerentemente colaboramos em níveis diferentes em uma miríade de temas, assim, como alguém pode dizer que há “somente” um processo de colaboração? Bem, quando você pensar sobre isso, tudo o que fazemos, cada ação que tomamos pode ser dividida em um processo ou em uma série de etapas. Pense nisso por um momento e você entenderá o que quero dizer. Como exemplo, o que aconteceu para que você viesse a ler este artigo? Você esperava receber um aviso de que um novo artigo estaria disponível ou de alguma forma veio até ele para ler. Em qualquer caso, o gatilho que deu início a seu processo de ler foi disparado. O próximo passo foi você vir até a página onde o artigo está localizado. Uma vez aqui, você começou a lê-lo e agora está em uma etapa do processo. Após a conclusão, você pode responder a ele ou passar para outra atividade. Então, você viu que pode sem quase nada atravessar etapas de um processo. Este também é o caso da colaboração. A diferença não está em como você vai colaborar, mas o que vai fazer você começar e o que isso significa para você.
Neste artigo gostaria de dizer que as ferramentas que você vai utilizar no processo de colaboração e na governança dessa informação estão relacionadas, e o resultado emergente da sua colaboração pode ser de uma natureza que poderá se tornar um registro físico ou algo que agregue valor ao seu negócio. É dessa mesma forma que devemos considerar os ativos, as informações e dados corporativos, tratados como tal. De uma maneira simplista, o que você pode dizer sobre o seu negócio e o processo de colaboração inclui basicamente o uso de um site, da equipe ou de uma wiki, onde todas as partes terão acesso aos acontecimentos e podem facilmente partilhar as suas ideias e comentários. Pode haver um processo para iniciar e manter este site. Uma vez que a colaboração esteja completa, você terá atingido seu objetivo. Talvez por meio da colaboração você poderá ter uma ideia de produto novo, e para isso ser aproveitado deve haver um processo para extrair a informação de forma que ela venha a ser parte da memória corporativa e assim ser disponibilizada para que outros com a mesma necessidade tenham o direito de acessá-la.
Na minha opinião, deve haver nos processos de colaboração um tipo de governança sobre certos aspectos, por exemplo:
• Como se deve iniciar o trabalho colaborativo.
• Quem é responsável por aquele espaço.
• Como fechá-lo corretamente, uma vez que a finalidade ou objetivo da colaboração foi cumprida.
Em qualquer caso, você deve considerar o processo de colaboração em um nível elevado e determinar como o trabalho colaborativo terá lugar. Você quer colaborar? Claro que sim. A ideia então é não sufocar a colaboração, mas incentivá-la e fornecer as ferramentas que proporcionem alguma padronização e método de capturar o resultado dos esforços colaborativos. Afinal, não é o propósito da colaboração chegar a um resultado final? Se assim for, considerando que o conhecimento e a informação desenvolvidos foram um resultado da colaboração, eles pertencem à organização e, por isso, não deveriam imediatamente se tornar parte do conhecimento coletivo, para que outros possam acessá-lo?