A Protiviti, consultoria global especializada em gestão de riscos, compliance, ESG, cibersegurança, privacidade, auditoria interna e investigação empresarial, representada no Brasil pela ICTS, apresenta o estudoTop Risks, que mapeia as principais preocupações de executivos ao redor do mundo sobre os riscos que podem impactar suas organizações no curto (2 a 3 anos) e no longo prazo (10 anos). Realizado em parceria com a North Carolina State University, o estudo é conduzido há 13 anos, ouvindo líderes C-level, diretores e membros de conselhos. Além de uma análise global, o levantamento traz um recorte específico sobre o Brasil, oferecendo uma visão detalhada dos desafios enfrentados pelas empresas no país.
De acordo com Heloisa Macari, Diretora Geral da Protiviti Brasil, a pesquisa Top Risks tem se consolidado como uma das principais fontes de informação sobre os riscos corporativos globais, ajudando as empresas a antecipar desafios e a se preparar para o futuro. “Ao longo de seus 13 anos de existência, ela tem sido uma ferramenta estratégica crucial para executivos, proporcionando uma visão aprofundada não apenas sobre as tendências globais, mas também sobre as particularidades do mercado brasileiro", afirma.
A pesquisa, que é baseada na percepção de 1.215 executivos em todo o mundo, sendo 60 do Brasil, entre membros de conselhos e líderes de organizações de diversos setores, aponta que, para os executivos brasileiros, três dos dez principais riscos de curto prazo envolvem Inteligência Artificial e a atração e retenção de talentos. Daniela Coelho, Diretora de Gestão de Riscos e Continuidade de Negócios da Protiviti Brasil, explica queos líderes brasileiros veem a IA incorporada em áreas e processos em toda a organização, mas ainda lidam com a incerteza sobre como concentrar investimentos para obter o maior e melhor valor, mas não se limitando a talento e habilidades.
“Embora os riscos como atrair e reter talentos, considerando as habilidades de IA, possam ser gerenciados com investimentos apropriados e ajustes de processos, a disponibilidade de talentos e os custos de mão de obra são impulsionados por forças de mercado que estão além do controle da gestão e podem afetar a capacidade das empresas de atingir os seus objetivos de lucratividade”, complementa.
A economia, por sua vez, continua sendo uma constante da lista, refletindo a fadiga coletiva em torno da instabilidade econômica que vem pesando sobre os líderes desde a pandemia do Covid-19. Os executivos reforçaram que o ambiente incerto de taxas de juros pode ter um efeito significativo nos custos de capital e nas operações da organização. Também foram citadas as pressões inflacionárias, impactando negativamente as oportunidades de crescimento e margens no curto prazo.
“Muitos riscos são suscetíveis a processos de controle preventivos, detectivos e corretivos. No entanto, os desafios de curto e longo prazo relacionados à economia, disponibilidade e custo de talentos, oportunidades e riscos associados a tecnologias emergentes – todos impactados por desenvolvimentos geopolíticos e crescimento da inteligência artificial –, não são”, explica Daniela.
Além disso, as ameaças cibernéticas subiram duas posições no Top Risks Brasil. O estudo mostra que o uso de Inteligência Artificial foi bastante explorada por criminosos cibernéticos para realizar ataques sofisticados e em larga escala, trazendo implicações financeiras e de impacto à imagem,visto que nenhuma corporação está imune a um ataque. Em contrapartida, a tecnologia de IA também melhorou a segurança cibernética ao permitir detecção de ameaças de forma mais rápida e focada, além de respostas automatizadas.
Como contraponto, a pesquisa Top Risks ressalta que os respondentes brasileiros se sentem mais positivos sobre a resiliência, agilidade e preparação de suas organizações para lidar com crises ou mudanças no mercado. Esta é uma melhoria marcante em relação aos resultados da pesquisa de anos anteriores e, também, um reflexo de eventos como pandemia (e consequentes interrupções na cadeia de suprimentos e desafios no local de trabalho), a crescente quantidade de ataques cibernéticos e um clima geopolítico cada vez mais volátil e repleto de conflitos.
O levantamento destaca tendências emergentes, desafios regulatórios, riscos financeiros e estratégicos, proporcionando um panorama essencial para empresas que buscam se preparar para os cenários futuros. Abaixo, os 10 maiores riscos para as empresas no Brasil em 2025:
Principais Riscos Identificados
Curto Prazo (2-3 anos)
Adoção de IA e outras tecnologias emergentes que exigem novas habilidades em escassez
Mudança no ambiente atual de taxas de juros
Condições econômicas, incluindo pressões inflacionárias
Ameaças cibernéticas
Capacidade de atrair, desenvolver e reter talentos de alto nível, gerenciar mudanças nas expectativas trabalhistas e lidar com desafios de sucessão
Aumento nos custos trabalhistas
Incapacidade de utilizar análises de dados rigorosas para obter inteligência de mercado e aumentar a produtividade e a eficiência
Emergência de novos riscos com a implementação da inteligência artificial
Acesso a capital/liquidez
Facilidade de entrada de novos concorrentes ou outras mudanças no ambiente competitivo
Longo Prazo (10 anos)
Riscos Macroeconômicos
Condições econômicas, incluindo pressões inflacionárias
Aumento nos custos trabalhistas
Mudança no ambiente atual de taxas de juros
Riscos Estratégicos
Sustentação da lealdade e retenção de clientes
Oportunidades limitadas para crescimento orgânico
Velocidade acelerada de inovações disruptivas, impulsionadas por novas e emergentes tecnologias e/ou outras forças de mercado
Riscos Operacionais
Ameaças cibernéticas
Riscos de terceiros
Emergência de novos riscos com a implementação da inteligência artificial
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