Na transformação digital, a tecnologia é um meio, e não um fim

*Por Alex Marin Silva

 Ao longo dos anos, as áreas de TI foram consideradas inovadoras pelo emprego da tecnologia, resultando na mudança da Technology-and-telecomforma como as pessoas trabalhavam. Hoje precisamos muito mais do que tecnologia para impactarmos pessoas e negócios.

Lembro-me o quão surpreso fiquei quando vi o primeiro dashboard consumindo uma base de dados. O entusiasmado apresentador clicava efusivamente nos gráficos e novas visões e dimensões explodiam na tela como se fosse mágica. Infelizmente, os usuários não conseguiam entender a real necessidade disto e enxergavam complexidade.

Não muito distante, recordo quando me foi apresentado as frameworks de desenvolvimento de software. O modelo era repleto de ferramentas para geração de código, relatórios, telas e padronização da arquitetura, que prometia otimizar custos de desenvolvimento e agilizar as entregas. Infelizmente os desenvolvedores se sentiam podados e os usuários não enxergam valor para o seu dia-a-dia.

Estes são apenas dois exemplos, mas suficientes para percebemos que a tecnologia não é um fim, ela é um meio para alcançar a satisfação e o encantamento dos usuários.

Em tempos de transformação ou revolução digital, buscar a invisibilidade da tecnologia para automatizar processos de forma discreta e transparente é o caminho.  Usuários não querem saber a versão do banco de dados, os protocolos utilizados, se está “nas nuvens”,  a arquitetura da aplicação ou qualquer outro tipo de “viagem” tecnológica. Eles querem acionar uma ação e obter o resultado.

Serviços como Uber têm a sua complexidade tecnológica, mas certamente o que massificou a adoção dos serviços foram as questões humanas e emocionais (a água, a bala, o serviço cortês). A tecnologia através do uso do smartphone não era a única interação, haviam outras relações que eram tão importantes quanto a experiência positiva do uso do serviço via celular.

Entender estas interações que temos com os usuários é fator primordial para que melhoremos a nossa relação e a entrega dos nossos produtos e serviços. A visualização clara e pragmática da Jornada do Cliente no relacionamento é a base para que possamos entregar o que foi prometido, entender o que eles gostariam e, acima de tudo, como forma de encantamento, proporcionar experiências que os clientes desejam.

*Por Alex Marin Silva é gestor de Customer Experience da Sonda IT, maior integradora latino-americana de Tecnologia da Informação

 

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