*Por Guille Freire
O acúmulo de lixo eletrônico vem crescendo significativamente nos últimos anos. Um estudo recente realizado, recentemente, pela GSMA em parceria com o Instituto de Estudos Avançados de Sustentabilidade da Universidade das Nações Unidas (UNU-IAS) revelou que, em 2014, foram descartadas 17 quilotoneladas (Kt) de celulares no lixo na América Latina, o que corresponde a, aproximadamente, 120 milhões de aparelhos descartados.
Isso ocorre porque com o advento de novas tecnologias, cresce o interesse dos consumidores por aparelhos mais modernos. Como a indústria tem lançado produtos com uma frequência cada vez menor, o volume de aparelhos antigos aumenta exponencialmente.
E aí surge a dúvida: O que fazer com o aparelho que não servem mais?
O descarte incorreto do celular causa danos para o meio ambiente e para a saúde da população em geral. Porém, para esta questão, existe uma alternativa sustentável que está em crescimento no Brasil: a prática de recommerce.
Sim! É possível dar continuidade a vida útil dos celulares e ainda trazer benefícios econômicos para a sociedade.
Por meio de diversas plataformas, como websites e pontos de coleta, existem empresas comprando e vendendo smartphones e tablets seminovos, com segurança e a garantia que funcionam como aparelhos novos. Para se ter uma ideia de como vale a pena substituir os aparelhos por outros seminovos, a busca do Google por "celular usado" cresceu 75% no Brasil em dezembro de 2015, em relação ao mesmo período de 2015.
No momento de crise econômica que o país enfrenta atualmente, o recommerce possibilita que as pessoas possam ganhar – dinheiro ou descontos – ao vender seus aparelhos antigos ou comprar aparelhos usados por um preço mais acessível. A indústria também é beneficiada com mais consumidores com acesso aos seus aparelhos, o que movimenta a economia.
Ao utilizar medidas inovadoras é possível melhorar significativamente a experiência de compra e venda online de aparelhos usados, ampliando o acesso à tecnologia a um espectro maior de pessoas e promovendo, desta forma, um consumo sustentável - tão necessário atualmente.
*Guille Freire é presidente-executivo da Trocafone.