A popularização da inteligência artificial transformou profundamente a criação de conteúdo. Hoje, textos, imagens e vídeos podem ser produzidos em segundos, com apenas alguns cliques. No entanto, esse avanço tecnológico trouxe um efeito colateral significativo: a padronização. De acordo com a Europol, até 2026, 90% do conteúdo disponível na internet poderá ser gerado por IA. Já um estudo da Originality.ai aponta que atualmente 57% do que consumimos online já é produzido por sistemas automatizados. Com o acesso generalizado às mesmas ferramentas, cresce a importância de desenvolver abordagens criativas e autênticas para escapar da homogeneidade dos conteúdos automatizados e conquistar relevância em um cenário digital cada vez mais saturado.
O que antes era diferencial virou o novo básico. A internet vive a era do “conteúdo commodity” — materiais genéricos, replicáveis e sem personalidade. Nesse novo cenário, a diferenciação não está mais no volume, mas na autenticidade e no posicionamento estratégico. Dados da Gartner mostram que o marketing personalizado pode aumentar em até 80% a taxa de conversão, o que reforça a importância de um conteúdo que combine tecnologia e inteligência humana. Experiências reais, posicionamento de marca e formatos criativos são elementos-chave para escapar da irrelevância digital.
“A inteligência artificial não é o problema. Ela pode ser uma muleta ou uma alavanca: se você não tiver conhecimento profundo sobre o tema, não vai fazer diferença. Mas se souber usar, pode te impulsionar”, afirma Thiago Muniz, fundador e CEO da consultoria Receita Previsível. Para ele, a IA deve ser aliada da estratégia, não substituta do pensamento. Em um cenário onde tudo tende a se parecer, o conteúdo autêntico e bem direcionado será o maior ativo competitivo para marcas e negócios B2B.
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