*Por Marcelo Sales
O ano de 2016 já começou com a economia desacelerada e o mercado extremamente prejudicado. Neste panorama, as empresas têm buscado, cada vez mais, por recursos e diferenciais tecnológicos. Investir em Tecnologia da Informação vem se tornando uma opção para gerar ganho de produtividade, eficiência operacional e reduções de custos. E a pergunta que não quer calar é: o que esperar das tendências tecnológicas em 2016?
Na verdade essa resposta é bastante ampla, mas focarei nas tendências que podem influenciar diretamente as organizações. Afinal, a adoção tardia de tecnologias inovadoras pode comprometer os resultados das empresas e dar força aos concorrentes.
O Gartner divulgou no final do ano passado, uma lista com diversas novidades e previsões de TI para 2016. Dentre impressoras 3D, máquinas de auto-aprendizado e uso de algoritmos para desenvolvimento de produtos, acredito que uma forte tendência merece destaque: a convergência de plataformas e meios tecnológicos.
A partir de agora, o foco não será mais no meio, e sim no próprio usuário móvel, que estará cercado por uma grande rede de dispositivos, que vão bem além dos dispositivos móveis tradicionais que já conhecemos, como o smartphone, por exemplo.
Isso significa que o acesso a informações e aplicativos acontecerá através de todos os tipos de dispositivos, telefones, relógios, wearables, Smart TVs, sensores em casa e até mesmo do próprio painel do carro. Não será mais necessário apenas entrar em contato com o usuário, mas estar presente em suas relações, em seus momentos e em seu dia a dia.
Dessa forma, a fusão dos mundos virtual e real se torna realidade e cria uma base para um ambiente de experiência do usuário contínuo. Embora o desenvolvimento de apps permaneça uma tendência estratégica para empresas, é preciso agora pensar na interação entre os diferentes dispositivos.
Com o aumento desses dispositivos conectados à Internet e o maior fluxo de informação, novas estratégias de seguranças de dados e análises automatizadas deverão ser traçadas. Para lidar com essa crescente tendência de avanço da Internet das Coisas (IoT), ferramentas como o Big Data e o Cloud Computing se tornarão ainda mais essenciais para as empresas.
Já faz alguns anos que o Big Data vem mudando a maneira de gerenciar toda a produção e serviços de uma empresa. Porém hoje, já não falamos apenas de armazenamento de um grande volume de dados. O verdadeiro diferencial estará na capacidade de explorar essas informações e encontrar maneiras de transformá-las em valor de negócio.
Dentro das corporações, a questão de manter a segurança de todos esses dados, em meio à difusão de tanta informação e dispositivos conectados à rede, merecerá ainda mais atenção neste ano. Segundo pesquisa da IDC, cerca de 52% dos dados que devem ser protegidos não são. E ainda pior: as empresas não sabem disso.
Investir em serviços como plataformas que permitem conectar dispositivos aos provedores de computação em Cloud Computing, com proteção de dados e interações off-line, será fundamental para enfrentar os desafios que as novas tecnologias trarão.
Para se ter ideia, de acordo com dados da IDC, em 2018, pelo menos metade dos gastos com TI será baseado em Cloud Computing, atingindo 60% de toda a infraestrutura dessa área. Ainda segundo o Gartner, o mercado de Cloud é estimado para crescer, a partir de 58 mil milhões de dólares em 2013, para 198 bilhões em 2020.
Em meio a tantas tendências, uma certeza: investir em tecnologia será essencial para alcançar crescimento e se manter no mercado. Para quem ainda fica em dúvida, acredite: Em 2017, mais de 50% dos gastos de TI das organizações será para as tecnologias de mobile, analytics e cloud. Sua empresa vai ficar fora dessa?
*Por Marcelo Sales, CTO Latam da Hitachi Data Systems.