De acordo com o Gartner, BI e analíticos precisam ser ampliados para apoiar o grande crescimento das fontes de dados. Os líderes de BI precisam adotar uma ampla gama de ativos de informação para ajudar as empresas a investirem em uma plataforma com a arquitetura certa da solução. Durante a Conferência Gartner BI e Gestão da Informação, nos dias 4 e 5 de junho em São Paulo, os participantes conhecerão as capacidades disponíveis da plataforma para analisar, prever e agir nos processos, que deverão evoluir ao oferecer suporte às análises de negócios, na palestra comandada por João Tapadinhas, diretor de pesquisa do Gartner e chairman do encontro.
“Os novos insights de negócios e as tomadas de decisão aprimoradas são os principais benefícios conquistados, caso as informações tenham como origem a crescente variedade das fontes de dados, de dentro ou fora das empresas. Os diferentes fornecedores de tecnologia, especialmente os de nicho, estão ‘correndo’ para esse mercado, provendo a capacidade de alcançar esta base mais ampla de informação, com o objetivo de tornar as decisões operacionais mais sólidas e estratégicas”, afirma Tapadinhas.
O Gartner aponta três importantes previsões para as equipes de TI considerarem no futuro:
Em 2015, cerca de 65% dos pacotes de aplicações com analíticos avançados terão Hadoop embutido
As empresas perceberam a força que as análises auxiliadas pelo Hadoop trazem para os programas de Big Data, principalmente na análise de dados mal estruturados, de comportamento, de texto e consultas com base em tempo. Enquanto as organizações de TI conduzem testes pelos próximos anos, especialmente com produtos e aparelhos de sistemas de gerenciamento de bases de dados (Data Base Management System - DBMS) ativados por Hadoop, os fornecedores estarão um passo à frente e embutirão funções de análises em Hadoop dentro de pacotes das aplicações. Até agora, a tendência é mais perceptível com as ofertas de aplicações na Nuvem.
“As empresas que utilizarem os novos insights ganharão uma vantagem competitiva, pois terão a tecnologia no pacote que reduzirá os custos operacionais, a demanda por conhecimentos em TI, além de acelerar o tempo para agregar valor. Os provedores se beneficiarão caso tenham um produto mais competitivo, que entregue analíticos para tarefas específicas diretamente ao escopo desejado, a fim de evitar uma situação de concorrência com recursos desenvolvidos internamente”, explica Tapadinhas.
Em 2016, cerca 70% dos fornecedores de BI líderes terão incorporado habilidades de compreensão de linguagem e fala
Os fornecedores de BI e analíticos continuam sem atender, com rapidez, à demanda crescente de aplicações que permitem linguagem e fala. Na pressa de portar suas aplicações para aparelhos móveis e tablets, eles tendem a focar apenas na adaptação das tradicionais interfaces de usuários de BI para “apontar e clicar” ou “arrastar e soltar” para interfaces touch. Nos próximos anos, esses provedores devem alcançar o mercado de assistentes pessoais virtuais. Inicialmente, vão permitir comandos básicos de voz para as interfaces padrão, seguidos por processamento de linguagem de fala ou texto em consultas SQL. Em última análise, “assistentes de analíticos pessoais” vão mostrar o entendimento de contexto dos usuários, oferecer diálogo e manter uma linha de conversação.
“Muitas dessas tecnologias podem e vão sustentar as capacidades, ao invés de fornecedores ou empresas desenvolverem por completo essas soluções”, afirma João Tapadinhas.
Em 2015, mais de 30% dos projetos analíticos vão entregar insights com base em dados estruturados e não estruturados
Analíticos de negócios têm como foco as ferramentas, as tecnologias e as abordagens para acessar, gerenciar, armazenar, modelar e otimizar a análise de dados estruturados. Porém, isso está mudando na medida em que as empresas se esforçam para obter insights de novas e diferentes fontes de dados. O potencial valor aos negócios de aproveitar e agir sobre as percepções dessas fontes, junto com o significativo hype do mercado sobre Big Data, tem alimentado o desenvolvimento de novos produtos para lidar com a variedade de informações entre os fornecedores já existentes e estimular a entrada de novas abordagens para relacionar, correlacionar, gerir, armazenar e encontrar ideias em dados variados.
“As companhias estão explorando e combinando insights de seus vastos repositórios internos de conteúdo, como, texto, e-mails e, cada vez mais, vídeos e áudio, além de conteúdo gerado externamente, entre eles as informações de mídias sociais e feeds de vídeo, dentro de novos e existentes processos analíticos e casos de uso. Correlacionar, analisar, apresentar e incorporar ideias de informação estruturada e não estruturada permitem às organizações personalizarem melhor a experiência do cliente e explorarem novas oportunidades de crescimento, eficiência, diferenciação, inovação e até novos modelos de negócio”, analisa o diretor de pesquisa do Gartner.