Digitalização do dinheiro é realidade cada vez mais próxima no Brasil, afirmam executivos do setor

Digitalização do dinheiro é realidade cada vez mais próxima no Brasil, afirmam executivos do setor

Para Anderson Locatelli, CEO de startup que transforma moeda comum em troco digital, as soluções digitais de pagamento tem transformado a forma que lidamos com o dinheiro

O mundo está na corrida pela transformação digital para sobreviver ao isolamento causado pela pandemia do coronavírus – o que tem resultado mudanças no varejo. O crescimento das vendas por e-commerce e lojas virtuais aumentaram, uma saída encontrada para comerciantes que ainda não vendiam em plataformas digitais.  Segundo Anderson Locatelli, CEO da Troco Simples - startup que simplifica transações financeiras que envolvem dinheiro em espécie -, a necessidade de adaptação transformou a velocidade que o mercado está levando para realizar mudanças. 

No setor de serviços financeiros a evolução tem ocorrido por meio  da tecnologia com pagamentos online e transações financeiras, permitindo principalmente o acesso em aplicativos aos bancos físicos e digitais. “Hoje é possível investir online, pedir crédito consignado sem sair de casa, arrecadar dinheiro através das vaquinhas virtuais. Há uma infinidade de processos disponíveis que envolvem ‘dinheiro invisível’ tanto para a pessoa física quanto ao empresário”, afirma Locatelli.

Mudança de hábito

Para Anderson o uso do dinheiro em cédula e moeda está enfrentando um processo de transformação. “Com os consumidores aceitando cada vez mais as inovações, fica muito mais fácil implantar sistemas que solucionam pagamentos nos comércios e varejos. É preciso estar atento às tendências. A utilização de serviços como iFood, Uber, ou qualquer outro só valida os pagamentos digitais. Eles já são parte do nosso dia a dia, até mesmo quando deixamos cartões registrados em lojas virtuais”, comenta.

Moeda digital 

Os pagamentos digitais estão mudando a forma que a população lida com o dinheiro. “Nosso papel é ajudar nessa transformação e levar aos varejistas e consumidores acesso a essas alternativas que diminuem a dependência de carregar dinheiro e moedas em grande quantidade na mão”, afirma. O método de pagamento via smartphone já domina bares e restaurantes. “As fintechs tem colaborado para isso, essas empresas estão acelerando as operações e atendimentos apenas com um clique dos usuários, pessoalmente - nos pagamentos por aproximação - ou à distância em sites e compras pela internet. ”, completa. A interpretação dos consumidores no varejo pode definir novas tendências no mercado. “Vale lembrar que no setor varejista - online ou digital - é necessário deduzir o comportamento do consumidor e adaptar de acordo com a cada região. Para a partir daí propor soluções que podem resolver a dor do consumidor que procura eficiência. Toda essa transformação digital está fazendo com que os compradores fiquem mais exigentes”, conclui Locatelli.

Benefícios da revolução 

Para Anderson a transformação do dinheiro é um desafio e como CEO de uma empresa de tecnologia acredita que um de seus papéis é ajudar nesse processo. “A possibilidade de aplicações são enormes, assim como o troco digital que é recebido diretamente no CPF do consumidor, outros sistemas podem facilitar a utilização do usuário. Pessoas que não possuem conta em banco, conseguem receber a moeda digital”, diz o CEO. A crise atual pode forçar mudanças em todos os setores. “ O amadurecimento no mercado num curto período de prazo está colaborando para a digitalização. O aumento dos pagamentos online, o surgimento de aplicativos financeiros, por exemplo, são o que há de mais novo em vantagens  pela praticidade, mobilidade e rapidez ao operar uma compra ou utilizar um serviço”, finaliza.

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