Prover aos cerca de 500 colaboradores dos prédios da Administração, Informática e a Escola de Educação Permanente (EEP) o acesso à internet através de rede wi-fi e dispositivos móveis, com total controle e segurança. Este era o principal desafio do Núcleo Especializado em Tecnologia da Informação (NETI) do Complexo Hospital das Clínicas (HC), ao notar em 2012 o surgimento da tendência de BYOD (Bring your own device) em suas dependências.
O Complexo Hospital das Clínicas é uma das instituições médicas de maior renome no Brasil. Ocupa uma área total de 352 mil metros quadrados com cerca de 2.200 leitos distribuídos entre institutos especializados, hospitais auxiliares, divisão de reabilitação e hospital associado. É suportado por cerca de 15 mil funcionários .
“O HC é um berço de pesquisas e recebe profissionais de todo o mundo. Os colaboradores estão antenados ao que há de mais avançado em termos de tecnologia e perceberam que os dispositivos móveis poderiam otimizar o seu trabalho. Assim, a utilização desses aparelhos pessoais dentro da instituição passou a ser crescente, mesmo sem uma rede wi-fi disponível para atendê-los. Os próprios usuários adquiriam roteadores wireless e os conectavam à rede, dificultando o controle e impossibilitando o suporte, no caso da ocorrência de problemas”, diz Jorge Futoshi Yamamoto, gerente de Conectividade do NETI.
Embora a rede cabeada necessariamente devesse ser mantida, pois os computadores corporativos são desktops, a ideia era contar com uma solução que suprisse também essa demanda de conectividade e ainda pudesse servir como modelo para instalações de redes wi-fi em outras áreas do hospital. A implantação do projeto baseado em acess points Aerohive AP 121 foi realizada pela empresa parceira FirstTech.
Os access points instalados no HC foram especialmente concebidos pela Aerohive para prover maior rendimento e alta cobertura de conexão à internet. Os dispositivos são organizados em grupos que compartilham o controle da informação entre eles e possibilitam funções como roaming L2/L3 seguro e rápido, gerenciamento de RF coordenado, segurança, QoS e rede mesh.
A instalação dos aparelhos, iniciada em janeiro último, levou um mês para ser concluída e consolidou uma estrutura que suporta a conexão de mais de mil aparelhos ao mesmo tempo. Em média 70 dispositivos por dia, entre smartphones, tablets e notebooks, utilizam a rede do HC. O máximo de dispositivos conectados ao mesmo tempo já detectado foi de 127.
De acordo com Yamamoto, um dos pontos que chamou atenção no projeto Aerohive/ FirstTech é o fato de a gerência ser feita na nuvem, sem a necessidade de controladora. Outro diferencial apresentado foi no aspecto de segurança. A solução possibilita que, para acessar a rede, cada funcionário possua uma identidade digital, garantindo maior sigilo e segurança.
“Eliminamos os custos relacionados à aquisição de licenças e controladoras, o que encarecia o projeto em cerca de 30% a 40%. Se precisarmos aumentar a cobertura, basta adquirir novos aparelhos e implantar. Ganhamos facilidade e segurança”, destaca Yamamoto. E conclui: “já utilizamos a rede durante um congresso médico que envolveu cerca de 800 participantes e houve picos de 200 acessos simultâneos à rede, e esta funcionou muito bem”.
O projeto de rede wi-fi com tecnologia Aerohive e implementação a cargo da FirstTech é o primeiro neste formato no HC. Embora seja recente, já existe a intenção de estendê-lo e aplicá-lo em outras áreas do hospital. O próximo setor que também deve receber uma rede não cabeada é o de Radiologia, o que deve ocorrer ainda este ano.