Dia Mundial da Internet: metade dos brasileiros está conectada a rede de má qualidade

Redes ruins estão associadas à maior frequência de ciberataques; especialista dá dicas para navegar com segurança

O Dia Mundial da Internet celebra-se em 17 de maio. Atualmente, é inimaginável pensar em um mundo que não esteja conectado à internet. Uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), braço executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), apurou que 84% dos brasileiros estão online, seja em casa ou por meio de algum dispositivo móvel. No entanto, 57% da população acessa redes de má qualidade. Mas, afinal, como isso interfere na segurança digital desses indivíduos? 

Os problemas podem ser variados. Segundo o consultor de cibersegurança da keeggo, Jonathan Arend, com uma conectividade aberta, por exemplo, hackers têm mais chance de acessar as informações da vítima, devido à falta de segurança da rede vinculada. Quanto mais instável for a conexão, maior a chance de ocorrer ataques cibernéticos, por causa da dificuldade de atualizar os softwares de segurança. 

“A conexão instável tende a beneficiar o cibercriminoso. Um bom acesso é uma das condições básicas para que softwares e outros programas funcionem sem dar brechas a este tipo de circunstância. A conexão rápida faz com que atividades suspeitas sejam prontamente identificadas. As soluções para possíveis ataques tendem a ser mais efetivas, protegendo os dados do indivíduo que sofre a invasão”, afirma Arend.

Conforme a pesquisa do NIC.br, uma banda larga universal seria um avanço para resolver o problema de acesso à internet no Brasil. Uma rede mais segura e estável poderia contribuir significativamente para a melhoria da segurança no âmbito cibernético, diminuindo as chances de ataques virtuais: “A segurança cibernética é uma preocupação crescente no país. Apesar de haver avanços para a universalização da internet, ainda há um longo caminho a ser percorrido para que esta seja efetiva. Investir em uma banda larga segura é a melhor maneira de proteger dados e dispositivos”, complementa Arend.

A conexão confiável auxilia, inclusive, a inteligência artificial de segurança cibernética a operar com mais consistência, respondendo rapidamente a ameaças iminentes. Além disso, um acesso de alta velocidade pode influenciar na análise em tempo real de um grande volume de dados. Desta forma, qualquer atividade suspeita pode ser avaliada prontamente, aumentando a proteção de ativos digitais e dados confidenciais.

O especialista da keeggo elenca quatro dicas para navegar com segurança:

Use senhas seguras: 

A primeira tentativa dos cibercriminosos é quebrar senhas da vítima para, com a invasão, ter acesso aos dados. Por isso, é recomendável usar uma senha para cada conta. Assim, caso uma delas seja hackeada, as outras estarão protegidas. Para não haver dúvidas, é importante definir uma senha segura, em cujo texto há sinais gráficos que variam entre letras minúsculas e maiúsculas, com caracteres especiais entre os tipos, se possível.

Mantenha o software atualizado:

Certifique-se de manter seu software sempre atualizado. Ao manter o navegador da web, o sistema operacional e todos os aplicativos retificados, são feitas correções de segurança. Atento a esses detalhes, o usuário poderá proteger seus dados. 

Navegue em redes de wi-fi confiáveis:

Lembre-se da importância de navegar em sites usando uma conexão segura: HTTPS. Evite redes públicas de wi-fi, as quais têm conexão frágil e facilitam o ataque de cibercriminosos. Caso a rede pública seja a única opção, o VPN deve ser confiável ao iniciar procedimentos que exijam segurança no processo, como ocorre em transações bancárias.

Ative a autenticação de dois fatores:

A 2FA (two-factor authentication) oferece uma segurança extra ao usuário. Além de usar uma senha forte, o sistema envia ao indivíduo um código para que este o autentique, comprovando ser ele próprio a pessoa que está acessando a rede.

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