‘Real cloud’ revoluciona entrega de serviços na nuvem

* Adriano Filadoro

 

Na última década, muito já se ouviu falar em computação em nuvem. Numa descrição do NIST (National Institute of Standards and Technology) – um dos laboratórios de ciência física mais antigos dos Estados Unidos e que atualmente integra o Departamento do Comércio, contribuindo para o aumento de competitividade industrial daquele país, a computação em nuvem é um modelo que permite acesso conveniente e sob demanda da rede a um conjunto compartilhado de recursos computacionais configuráveis ​​(redes, servidores, data center, aplicações e serviços) que podem ser rapidamente provisionados e liberados com um mínimo esforço de gerenciamento. adriano Filadoro

 Na prática, entretanto, o que temos hoje são empresas que contratam o serviço de armazenamento de informações em nuvem sem que estejam necessariamente hospedadas na nuvem computacional. Dependem, portanto, de duas coisas fundamentais: do ponto de recuperação objetivo (RPO) e do tempo de recuperação objetivo (RTO). Tanto o RPO quanto o RTO são conceitos importantes de negócios para as empresas analisarem ao desenvolver um sistema que permita sobreviver após um desastre – ou seja, depois de uma interrupção não-programada. Enquanto o RPO determina a frequência com que a empresa deve agendar o backup de dados de sua rede, o RTO significa quanto tempo vai demorar para essa organização ter seu sistema normalizado.

 Ainda que haja claros avanços realizados para garantir a continuidade dos negócios, atualmente, o empresário ainda decide ‘quanto está disposto a perder’. Imagine uma empresa de aviação que tem backup agendado para acontecer de quatro em quatro horas (RPO). Se por algum motivo ocorrer uma pane no sistema desse cliente cinco minutos antes de o backup ser realizado, ele está sujeito a perder as informações daquele período. Enquanto um pequeno negócio perderia X, essa empresa de aviação perderia 1000X. Não falamos somente de e-mails, mas de notas fiscais, comprovantes, emissões, cadastros, pagamentos etc.

 Diante desse cenário cada vez mais crítico para os negócios, é preciso dar um passo à frente da recuperação de desastres e buscar integrar soluções que permitam uma “entrega contínua”. Isso implica utilizar a nuvem computacional em toda sua grandeza. Ou seja, as aplicações da empresa estarão ativas em múltiplos sites, prontas para serem liberadas automaticamente sempre que forem solicitadas. O ganho de competitividade quando uma empresa está sempre ativa, podendo ter acesso ao que quiser, no tempo em que precisar, e a partir de onde estiver, é quase inimaginável. Mas, já é possível fazer em cinco minutos o que, em muitos casos, levaria semanas para concluir. Essa é a ‘real cloud’, a verdadeira computação em nuvem, que já está à disposição na indústria de TI.

 

*Adriano Filadoro é diretor de tecnologia da Online Data Cloud, empresa de serviços

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