Por: Claudio Yamashita, diretor geral da Intralinks Brasil
De acordo com relatórios de mercado como os da PwC e EY, o setor de energia estará aquecido em 2015, com uma grande demanda e investidores com fundos disponíveis para negócios nesse setor. Países como a China e Estados Unidos - grandes consumidores e produtores - estão ávidos por encontrar novos negócios além de suas fronteiras, movimentando com força máxima as Fusões e Aquisições (M&A).
As questões relativas ao mercado de energia preocupam países ao redor do mundo. Afinal, como fornecer energia para as cidades na quantidade necessária, considerando-se o crescimento da população, recursos naturais e mudanças climáticas em todos os lugares?
Este cenário faz necessário o aumento dos investimentos em fontes alternativas de energia. No Brasil, por exemplo, a energia hidrelétrica é responsável por quase 70% de toda a capacidade instalada no país, atualmente cerca de 123.100 megawatts (MW). Mas, quando há falta de água, o abastecimento fica comprometido.
Em meio à turbulência econômica no Brasil, o setor de energia parece destacar-se negativamente com os escândalos da Petrobras, a crise hídrica, a queda do real em relação ao dólar e o aumento da inflação.
No entanto, é preciso ter otimismo neste cenário. Em 2014, o setor de energias renováveis teve atividade de US $ 3,6 bilhões somente em parques eólicos, e o Brasil tem a quarta maior produção de energia renovável no mundo, sendo a quarta maior participação de fontes renováveis em seu mix energético, de acordo com o relatório do Ranking Mundial de Energia e Socioeconomia , publicação anual da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético (SPE) do Ministério de Minas e Energia (MME).
De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), no final de 2012, o setor de energia eólica, por exemplo, representou cerca de 2% de toda a capacidade instalada no Brasil. Até o final de 2023, essa participação deve chegar a 11%. Em relação ao potencial de geração neste tipo de energia, o país ocupou a 15ª posição em 2013 e espera-se alcançar a 7ª posição no ranking mundial em 2015.
O mercado de energia está em constante evolução para ficar à frente, melhorar a eficiência e se defender contra os riscos macroeconômicos. De acordo com o relatório de previsões da Intralinks para atividades futuras de Fusões e Aquisições, o Deal Flow Predictor, as empresas estão apresentando um aumento na atividade para melhorar o desempenho, no entanto, existem muitos riscos adicionais que ameaçam esta indústria, incluindo problemas com compliance, corrupção, falta de preparação para a regulamentação e ataques cibernéticos.
O que está claro é que a segurança da informação está se tornando um pilar fundamental para assegurar a viabilidade e crescimento em longo prazo. Todos os negócios gerados devem ser submetidos a um sistema seguro de informações. Basta lembrar de inúmeros vazamentos, brechas e ataques que ocorreram no ano passado. Casos como o grupo de espionagem cibernética Dragonfly, descoberto pela Symantec, que dirigiu ataques especializados para o setor de energia ou o FIN4, descoberto pela FireEye, que atacou precisamente o setor de M&A com agentes extremamente bem informados e engenharia social.
Com os holofotes voltados para o setor de Energia este ano, a segurança precisa ser estabelecida antes da chegada do problema. Não se pode esperar um vazamento para contê-lo, como fizeram grandes empresas como eBay, Sony, Target e muitas outras.
O sucesso no setor de energia em 2015, e para os próximos anos, depende da segurança de suas informações, segurança que ao mesmo tempo não pode interferir no fluxo de trabalho. Para isso, alguns recursos são necessários para chegar a uma via de comunicação segura com investidores, consultores terceirizados e colaboradores.
Esqueça a postagem por correio tradicional ou e-mails não criptografados que podem facilmente se espalhar por toda a rede e ficar fora do controle, tornando impossível atender as diretrizes de regulamentação e compliance. Um documento precisa viajar rápido pelo mundo, de maneira que todos os envolvidos possam ficar atualizados de maneira rápida, com controle total sobre os dados do negócio.
A capacidade para auditar documentos nos níveis de leitura, controle de versão, rastreamento geográfico e Gerenciamento de Direitos de Informação (IRM), irão assegurar que a mensagem chegou ao seu destino. Outro recurso importante é a facilidade de uso, assim a plataforma de colaboração pode ser adotada sem dificuldade pela equipe de projeto.
Além disso, os serviços em nuvem são uma realidade que acelera a colaboração entre equipes, o departamento de TI querendo ou não, como mostra a pesquisa realizada pelo Instituto Ponemom em parceria com a Intralinks “Breaking
Bad: The Risk of Unsecure File Sharing
- Governança: que deve manter regras claras para pessoas, processos e tecnologias
- Controle do processo de compartilhamento: permitindo que se tenha controle ao acesso à informação ao mesmo tempo em que se mantém a visibilidade dos processos de compartilhamento
- Controle do ciclo de vida do conteúdo: manter o controle desde o momento em que o conteúdo é criado, compartilhado, usado e finalmente quando as regras da empresa determinam sua exclusão ou arquivamento
- Infraestrutura da Tecnologia de Segurança: deve ser uma solução que atenda e trabalhe com as três anteriores. As empresas hoje precisam ter capacidade para auditar e validar ferramentas, processos, pessoas e capacidades para prover o serviço, juntamente com a segurança física da informação