*Por Nuno Pereira
Para se ter ideia do tamanho do setor de agronegócio e colocar sua importância em perspectiva, basta dizer que ele representa nada menos que 22,5% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, o equivalente a R$ 1 trilhão. Além disso, o setor gera 33% dos empregos do País, representa 45% das exportações e é um dos mais importantes contribuintes para uma balança comercial superavitária.
Em 2016, novos desafios de curto prazos se apresentam ao setor. O preço dos insumos defensivos agrícolas e fertilizantes aumentaram bastante com a desvalorização cambial, o que gera um impacto enorme na produção, principalmente se levarmos em conta que chegam apresentar mais de 45% do custo total do produto. Além disso, o preço internacional das commodities agrícolas está caindo, a inflação está em alta, o que impacta o preço do frete, e o volume de produção continua aumentando. No entanto, os desafios não param por aqui: desenvolver técnicas de produção cada vez mais competitivas e com sustentabilidade ambiental é o novo mote e exigência do mercado.
Diante desse cenário, o lema é tentar fazer “mais com menos” e o nome do jogo é “combinar, integrar e adaptar soluções tecnológicas de ponta”. No passado, quando a disponibilidade de crédito no setor diminuía, o produtor utilizava a mesma área de lavoura, porém reduzia a tecnologia aplicada. Hoje, já não é mais possível produzir lucrativamente sem utilizar tecnologia de ponta. Tanto, que a grande discussão do mercado é a agricultura de precisão.
O setor está pedindo inovações em diversos campos, como soluções em genética, controle biológico de pragas, robótica, M2M (Machine to Machine), softwares de automação, drones, monitoramento climático e controle das condições ou características do solo e subsolo que demandam o desenvolvimento de verdadeiras redes neurais. Nesse contexto, o profissional que trabalha no agronegócio precisa desenvolver novas habilidades e competências, como a capacidade para lidar com um volume cada vez maior de informações e a habilidade de tomar decisões com base nesses dados.
A nova fronteira agrícola está na capacidade de análise para lidar com questões ambientais, econômicas e sociais, e só a integração tecnológica permitirá desenvolver um ecossistema com uma visão transversal de pessoas, processos e sistemas totalmente conectados. Nesse novo ambiente, encontrar um parceiro tecnológico de confiança capaz de lidar com multidisciplinariedade, visão fim a fim e capacidade de desenvolver soluções tecnológicas integradas e customizáveis será fundamental para atingir novos níveis de lucratividade no setor de agronegócio.
*Por Nuno Pereira, gerente de consultoria da PromonLogicalis