*Por Angelo Volpi e Cinthia Freitas
Imaginem se os dados olhassem para trás e fizessem uma análise da sua evolução ao longo do tempo: o início, o “big-bang” de toda a evolução da era moderna. Sem os dados não teríamos passado pela necessidade de contagem e o homem não teria criado o sistema decimal e, muito posteriormente, o sistema binário. Zeros e uns que permitiram a criação dos computadores.
Mas os dados sofreram muito antes de evoluir para a representação binária. Passaram por válvulas, cartões perfurados, disquetes, fitas e sistemas complexos de armazenamento, até chegar a um simples pen-drive.
Toda essa evolução se concretizou devido à necessidade do homem de armazenar, processar e comunicar os dados. Mas o dado em si, sozinho e isolado, não tem valor, não pode ser entendido. Neste sentido, o dado precisa se transformar em informação; outra evolução.
Mas o que é informação? Atribui-se a Claude Shannon o grande salto da ciência da informática, quando teorizou que: “informação está presente sempre que um sinal é transmitido de um lugar para o outro e pode seguir todas as leis matemáticas e físicas criadas para descrever a matéria e agir como matéria física”. Informação vem da palavra latina “informare” que significa “dar forma”. Alguns estudiosos acreditam que é a mente humana que dá forma aos dados para criar uma informação e um conhecimento significativo. Caso esta transformação não ocorra, os dados não têm significado ou não são de utilidade para o ser humano. Aqui entra a Informática, com seus procedimentos e algoritmos para auxiliar na transformação do dado em informação, ou seja, para “dar forma”. Por falar em computador e informática, vale lembrar que informática é a união de duas palavras: informação e automática, portanto, do interesse de que a informação se torne ou esteja acessível de forma automática. Este interesse está associado nos dias atuais aos conceitos de velocidade, acessibilidade e mobilidade.
Se os dados olhassem para trás e fizessem uma análise da sua evolução ao longo do tempo, não seriam capazes de se auto-reconhecer. Hoje eles trafegam em fibras óticas, auxiliam a comunicação, ultrapassam barreiras geográficas, são transportados no bolso, na mochila, no carro ou nas nuvens!
O termo tecnologia de informação não é novo e surgiu pela primeira vez na literatura em 1958, em um artigo intitulado “Administrando nos Anos 80”, dos autores Leavitt e Whisler.
Assim, apesar de não ser uma novidade, TI tornou-se uma necessidade, pois pode ser entendida também como os meios utilizados pelas empresas produtivas para alavancar e potencializar o processo de criação e desenvolvimento de capacitação tecnológica. Ou, ainda, como sendo o conjunto de recursos não-humanos dedicados ao armazenamento, processamento e comunicação de informação, e a maneira pela qual esses recursos são organizados em um sistema capaz de desempenhar um conjunto de tarefas.
Se os dados olhassem para trás e fizessem uma análise da sua evolução ao longo do tempo, ficariam muito orgulhosos.