Conceito que surgiu em 2019 e, rapidamente, assumiu o primeiro lugar na lista das Tendências Estratégicas de Tecnologia, publicada pelo Gartner em 2020, a hiperautomação vem sendo estudada por empresas de tecnologia e profissionais do setor para implementação da solução nos processos realizados no dia a dia corporativo.
Para entender como a novidade pode impactar positivamente nas tarefas das equipes de TI, é preciso compreender que, muito mais do que permitir processos automatizados, a hiperautomação tem relação direta com inteligência artificial. De acordo com Paulo Watanave, Head of Advanced Analytics & Automation da NAVA Technology for Business, companhia de serviços e soluções de negócios e tecnologia, o conceito também usa machine learning, RPA, gerenciamento de processos e arquitetura de software, tudo integrado à IA.
“A partir do momento que se consegue automatizar um processo e colocar uma inteligência por trás disso, ele passa a fazer parte do universo da hiperautomação. Um exemplo disso são os processos de e-mail. Já era possível automatizar a leitura e encaminhamento de mensagens ao setor responsável, no entanto, com a hiperautomação, inserimos mais um processo - o da inteligência - para que seja possível, também, identificar o sentimento deste e-mail, ou seja, se a mensagem se trata de um elogio, uma reclamação ou uma dúvida”, explica Watanave.
Conforme a pesquisa “Principais Tendências Estratégicas de Tecnologia para 2022”, do Gartner, os investimentos em hiperautomação vão chegar a US$ 600 bilhões até 2024, o que vai representar um grande aumento na produtividade das empresas. O executivo da NAVA acredita que esse avanço também teve influência da pandemia, que fez com que a transformação digital rapidamente ganhasse terreno. Abaixo, Watanave elenca quais são os cinco benefícios que a nova tecnologia trará para as empresas:
- Agilidade: a nova tecnologia é capaz de fornecer mais velocidade para engajar diferentes times na transformação do negócio, apoiado pela automatização de processos complexos que, até então, precisavam ser feitos por mão-de-obra humana.
- Produtividade: com automatização e inteligência, os profissionais ganham tempo para se dedicar a processos e entregas mais rápidas e valiosas dentro da empresa.
- Flexibilidade: a hiperautomação se relaciona diretamente com uma série de tecnologias de automação, fazendo com que as organizações sejam capazes de superar benefícios limitados de uma única tecnologia, ampliando a escalabilidade e a flexibilidade nas operações.
- Integração: as empresas podem integrar tecnologias digitais em seus processos e sistemas legados, com fácil acesso a dados e melhores processos de comunicação.
- Lucratividade: o processo também traz vantagens para aumento da receita e redução de custos nas corporações, já que permite uso de ferramentas e capacidades analíticas, o que otimiza a implantação de recursos.
Watanave ressalta que, ainda que existam vantagens claras a respeito da nova tecnologia, é preciso entender e considerar as novas atribuições que o profissional humano terá neste modelo.
“Todas as áreas de negócios têm espaço e vão ganhar dinheiro com a hiperautomação, seja para reduzir custos ou aumentando eficiência de processos para aumento de receita. Mas é preciso sempre considerar onde estará o fator humano dentro desse processo. Não basta apenas retirar as pessoas e trocá-las por robôs, mas prover meios para desenvolvimento e capacitação dessas equipes, que podem auxiliar em processos mais robustos e que demandem um conhecimento humano nas corporações”, finaliza.