Um dos princípios essenciais da Big Data está no armazenando dados em formato cru, sem enhuma transformação durante o armazenamento e coleta. Eles são interpretados e transformados quando são analisados. Embora este princípio tenha suas virtudes, existem algumas desvantagens. Reinoud Kaasschieter, líder de ECM e InfoGov da consultoria Capgemini, descreve, em uma série de quatro textos, como o ECM pode auxiliar no Big Data. No primeiro deles, o autor dá uma visão geral de como os sistemas avançaram.
Com o barateamento da armazenagem e a explosão de informações, o storage não é mais um problema. A diferenciação entre dados não estruturados e os estruturados também não. Hoje em dia, tudo é dado e o valor deles depende de como são usados, o foco é a interpretação. Com isso, o ECM poderia ajudar o Big Data em:
1-Information Life Cycle - típico do ECM, essa gestão ajuda a dar caminhos certos para o dado. A falta disso no Big Data pode inviabilizar o valor gerado, já que não há nada que rege o dado em seu princípio.
2- Privacy - Cada vez mais importante no mundo atual, a privacidade ajuda a determinar quais dados escolher. O ECM lida com isso há muito tempo, mas nos ambientes livres do Big Data a tendência de se ir além do permitido é um perigo.
3-Pre-processing - O Big Data conta muito com sistemas distribuídos que podem seduzir pela rapidez, mas permitem falhas no controle. No ECM, o capture regulariza o pré-tratamento da informação com padrão e estruturas para que o resultado seja o melhor possível. Com isso, a utilização e recuperação se tornam fáceis.
4-Preservation - Não é algo característico do Big Data pelo seu histórico de desenvolvimento. Mas no ECM a preservação é fator essencial para que a informação ganhe valor ao longo dos processos de negócio. Cuidar de dados, seja em qualquer formato, e com governança é essencial para os negócios. É uma das lições principais do ECM para o Big Data.
5- Versioning - mais do que o controle de revisão, essa característica do ECM tem ajudado empresas a trabalharem com informações diferentes, mas consistentes. Listas de preços diferenciados, por exemplo. O Big Data é, na verdade, um amontoado de informações que podem não levar a nada se não forem usadas técnicas conhecidas dos negócios para gerar valor. Mais do que seguir as tendências que se apresentam na tecnologia e negócios, as empresas devem avançar nessas novidades procurando ampliar suas virtudes. Usar o aprendizado do "velho" ECM nesse novo mundo do Big Data certamente trará grandes resultados.