A Symantec Corp anunciou ontem (19) na América Latina que as informações corporativas custam US$ 1,1 trilhão de dólares anuais para as empresas do mundo todo, segundo sua inédita Pesquisa 2012 sobre Custo e Gestão da Informação. Desde informações confidenciais dos clientes até propriedade intelectual e transações financeiras, as organizações possuem quantidades gigantescas de informações para possibilitar sua competitividade e eficiência, além de viabilizar suas operações. A pesquisa contatou executivos de TI e de Administração em 4.506 organizações de 36 países. Na América Latina, foram coletadas 500 respostas em 12 países. Estes profissionais revelaram que as informações digitais correspondem a 49 por cento do valor total de mercado de uma empresa no mundo. Já na América Latina, a média apontada por eles é de 50 por cento do valor.
“A vasta quantidade de informações que as organizações produzem atualmente pode ajudá-las a atender melhor seus clientes e aumentar a produtividade. Entretanto, esses mesmos dados também podem se tornar uma grande responsabilidade se não forem protegidos adequadamente. Empresas que usam suas informações com eficácia terão uma grande vantagem competitiva sobre as que não o fazem. E, em alguns casos, isso pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso”, disse Francis de Souza, presidente do grupo de Produtos e Serviços Corporativos da Symantec Corp. “Com o aumento de seu valor e a elevação do custo, empresas de sucesso encontrarão maneiras de proteger suas informações de forma mais eficaz e aproveitar a produtividade que elas podem proporcionar”, completa.
As Informações estão Aumentando Vertiginosamente, e Elas Custam caro
Empresas de todos os tamanhos estão lidando com quantidades enormes de dados. O volume total de informações armazenadas atualmente por todas as empresas é de 2,2 zettabytes. Companhias de pequeno e médio porte (PMEs / 5-250 empregados) têm, em média, 563 terabytes de dados; enquanto empresas de grande porte têm 100.000 terabytes. A pesquisa também revela que essas informações deverão aumentar 67% no decorrer do ano que vem para as grandes empresas e 178 por cento para as PMEs.
Em média, no mundo, empresas de grande porte gastam 38 milhões de dólares com suas informações anualmente, enquanto as PMEs gastam 332 mil dólares. Entretanto, o custo anual por funcionário das PMEs é bem mais alto, US$ 3.670, contra US$ 3.297 nas grandes empresas. Uma típica companhia de pequeno porte, com 50 funcionários, gasta US$ 183.500 no gerenciamento das informações. Já uma típica empresa de grande porte com 2.500 funcionários gastaria US$ 8,2 milhões, por exemplo.
O impacto da Perda das Informações para os Negócios
As consequências da perda de informações de negócios seriam desastrosas. “Teríamos de suspender nossas operações por pelo menos dois anos antes de conseguirmos voltar ao mercado”, observou um gerente de TI de uma grande empresa de engenharia, quando questionado sobre as consequências da perda de informações da empresa. Os entrevistados globais e da América Latina salientaram o impacto da perda de dados para seus negócios, incluindo perda de clientes (49 por cento no mundo, contra 55 por cento entre os entrevistados da América Latina), danos à reputação e à marca (47 por cento no globo contra 50 por cento LAM), redução da receita (41 por cento contra 40 respectivamente), aumento das despesas (39 por cento) e queda na cotação das ações (20 por cento). Na América Latina ainda constatou-se redução na receita (40 por cento) e multas (32 por cento).
As Medidas de Proteção Não Estão Dando Conta
Com tanta coisa em jogo, a proteção das informações deveria ser prioritária, mas as empresas ainda enfrentam dificuldades nesse aspecto. No último ano, 69 por cento das empresas globais sofreram algum tipo de perda de informações por motivos variados enquanto na América Latina este número chega a 80 por cento. Estas perdas são atribuídas ao erro humano, falha de hardware, violação de segurança ou extravio e roubo de dispositivos. Além disso, 69 por cento das empresas (na América Latina 71 por cento) tiveram informações confidenciais expostas, e 31 por cento (na América Latina 34 por cento) sofreram falhas de conformidade relacionadas a informações. Outro desafio é a quantidade de dados duplicados que as empresas estão armazenando – uma média de 42 por cento dos dados são duplicados. Na América Latina, 45 por cento. A utilização do armazenamento também é baixa, com apenas 31 por cento do firewall para dentro e 18% do firewall para fora. Na América Latina, os índices são de 32 e 20 por cento, respectivamente.
Todos esses riscos e ineficiências resultam em gastos além do necessário para armazenar e proteger as informações das empresas. Um problema importante identificado por 30 por cento das empresas (35 por cento na América Latina) é o espalhamento das informações – o crescimento avassalador de dados não organizados, difíceis de acessar e frequentemente duplicados em algum outro lugar.
É Preciso Dar a Importância Certa às Informações
Para ajudar as empresas a proteger suas informações de maneira mais eficaz, a Symantec apresenta as seguintes recomendações:
- Foco nas informações, não no dispositivo ou no data center: com o uso de dispositivos móveis pessoais e da nuvem, as informações não ficam mais confinadas dentro das quatro paredes da empresa, podendo estar em qualquer lugar. Por isso, o foco da proteção deve ser as informações, não o dispositivo ou o data center.
- Nem todas as informações são iguais: as empresas devem ser capazes de separar dados inúteis de informações de negócios valiosas, e protegê-las adequadamente.
- Seja eficiente: a eliminação de dados duplicados e o arquivamento são tecnologias que ajudam as empresas a proteger mais; e ao mesmo tempo, armazenar menos, de modo a acompanhar o crescimento exponencial dos dados.
- A consistência é a chave: é importante definir políticas para que as informações possam ser aplicadas de forma consistente onde quer que estejam localizadas - em ambientes físicos, virtuais e na nuvem.
- Seja ágil: planeje as necessidades futuras das informações implementando uma infraestrutura flexível que suporte o crescimento contínuo.