Dada a rápida mudança nos negócios das empresas, os projetos de desenvolvimento de aplicações também sofrem alterações. Usando uma metodologia tradicional, é preciso aguardar a entrega do produto final, geralmente após alguns meses, para fazer a alteração dos requisitos iniciais.
A metodologia Ágil, por sua vez, não propõe um plano completo para depois iniciar o desenvolvimento. Ao invés disso, desenvolve-se incrementalmente e em contato com o cliente, ou seja, o produto é feito aos poucos e entregue em fases. Desta forma, toda mudança é bem-vinda, pois o projeto está em desenvolvimento, o que possibilita um melhor gerenciamento do escopo, podendo criar uma vantagem competitiva para o cliente e ainda ser um diferencial para a empresa prestadora do serviço.
Este cenário levou a GFT Brasil, companhia de Tecnologia da Informação especializada no setor financeiro, a criar seu Centro de Excelência em Ágile. Foi realizado investimento em treinamentos e certificações do time para Scrum Master, corresponde hoje a 40% de seus funcionários atuando com a metodologia Ágil e estima-se que o percentual chegue em 60% até o final deste ano.
Hoje em dia, diante da instabilidade econômica, as organizações buscam melhorar seus processos de negócios e precisam fazer melhorias de forma rápida e com custos reduzidos. A prática Ágile propõe justamente este modelo, fornecendo mudanças nos desenvolvimentos de softwares em dias ou semanas, e não em meses ou anos. A redução do time to market aumenta o retorno sobre o investimento.
“Ter processos ágeis não significa somente desenvolvimento Ágil em TI, mas também de mudanças rápidas e orientadas para o negócio, o que corrobora para o valor agregado do produto, elevando a TI a um nível mais estratégico na organização, que vai desde o nascimento de um processo até o alcance da excelência”, comenta o managing director Latam do Grupo GFT, Marco Santos.
Em um recente projeto internacional desenvolvido pela GFT, que utiliza a metodologia Ágil, a primeira parte do produto foi entregue exatamente como o planejado pelo cliente. Porém, na fase de revisão, o cliente notou que teria um produto muito mais útil se fosse redesenhado em 30% das funcionalidades. Devido ao modelo deste projeto ser Ágil, em realizar pequenas entregas, o custo da refatoração ficou extremamente reduzido em comparação ao que aconteceria se utilizado o modelo tradicional.
“Este exemplo ocorre com mais frequência do que se pode imaginar e o resultado é que o cliente fica satisfeito com uma entrega de um produto muito melhor que o planejado, se posicionando de maneira competitiva no mercado e o time não se desmotiva devido à mudança de escopo, já que este é o cerne desta metodologia. Muito mais do que desenvolver com esta metodologia, trata-se de uma nova necessidade estratégica”, acrescenta Santos.
O desenvolvimento Ágil prioriza a entrega e não a documentação, mas isso não reflete em falta de qualidade. Esta é garantida através da correta aplicação das melhores práticas, com frequentes testes das funcionalidades, o que possibilita a identificação de qualquer problema com antecedência necessária para que a entrega final do produto seja feita dentro do prazo e das especificações acordadas com o cliente.