Por definição, social commerce é o e-commerce envolvendo o relacionamento entre pessoas. Mesmo com outros nomes, essa é uma prática comum em qualquer tipo de comércio, seja ele virtual ou físico. Se expandirmos a análise para os relacionamentos digitais, temos bilhões de pessoas interagindo em todo o mundo, e pelo “tamanho” do desafio, esse talvez seja um universo ainda não tão explorado no Brasil. Segundo pesquisa do instituto Nielsen, realizada em 2013, cerca de 30% dos brasileiros acessam diariamente as redes sociais para consulta de marca. Com a inclusão digital e a “popularização” da internet nos últimos anos, imagine a quantidade de consumidores que recorrem ao Facebook (por exemplo) para avaliar sua marca, qual é o melhor produto, quais são as melhores recomendações? Tirar impressões além do simples número de likes ou tweetes é primordial para o sucesso da prática do varejo integrado.
O varejo virtual e as “informações” – Com tanta interatividade na internet, o resultado das interações humanas via redes sociais geram uma quantidade infinita de “informações”, mais tecnicamente chamada de dados. É nesse quesito que entra o chamado Big Data: Conceito muito conhecido no meio da tecnologia da informação, o Big Data é um conjunto de práticas que tira valor de negócio desses dados, armazenando e processando essas informações por meio de técnicas computacionais, como a inteligência artificial por exemplo.
Para Mauricio de Paula, consultor de negócios sênior para a indústria do varejo e big data para América Latina da Teradata, “As redes sociais não têm como principal característica gerar vendas, entretanto, uma comunicação bem pensada pode atuar de maneira decisiva durante o processo de compra. Segundo um estudo da Sophia Mind, cerca de 63% dos brasileiros só compram alguma coisa após consultar as redes sociais, utilizando como métrica de avaliação a opinião de outros consumidores. Além dessa visão de marca, o varejista virtual deve se atentar a esse canal de mão dupla. Se o consumidor está avaliando a sua loja e produtos a todo o momento, você tem que captar o feedback desse cliente: compartilhar um conteúdo, fazer um tweet ou marcar um produto no Facebook pode dizer muita coisa sobre aquela pessoa. É nessa hora que colocamos as atividades analíticas em prática”.
A quantidade ficou para trás, busque qualidade – As análises quantitativas dos dados gerados pelas redes sociais estão virando “coisas do passado”. Será que o compartilhamento dos meus produtos está sendo positivo? Dos um milhão de likes da minha página, será que todos os consumidores estão felizes? É exatamente para isso que usamos o Big Data: Captar uma quantidade de informações dessa é humanamente impossível, então deixamos para o “computador” analisar o impacto da opinião geral em minhas vendas.
Vamos a um exemplo bem simples: Um varejista percebe que as cervejas do depósito X estão paradas a muito tempo, enquanto no estoque Y, situada em outro Estado, há falta das mesmas cervejas, porém existe um excedente de vinho. Como tomar uma medida assertiva? Por meio da análise das redes. Um software bem calibrado pode analisar todos os “posts”, diferenciando os consumidores que colocam “ Eu gosto de Cerveja” dos que colocam “eu amo Carbernet Sauvignon”. Como esse processo é feito através da internet, o mesmo programa pode separar esses consumidores por região, dando a possibilidade de o varejista manejar melhor suas vendas, estoques, promoções e etc.
Para Patricia Cotti, coordenadora acadêmica da Academia de Varejo e diretora vogal do Ibevar, “Os comerciantes virtuais nasceram na era da informação, onde dar importância a opinião do cliente é cada vez mais importante. Para se ter uma ideia, 78% das pessoas confiam nas opiniões postadas na web, enquanto apenas 14% confiam em anúncios. O conhecimento profundo sobre cada cliente pode ser a chave para o sucesso”.
Quer saber quais são os resultados práticos desse tipo de tecnologia e como você pode adotar essa ferramenta no seu e-commerce? Venha participar do I Comitê de e-commerce, realizado no dia 16/08, na sede do Ibevar. O evento é organizado pelo Instituto em parceria com a Teradata. Para maiores informações entre em contato com o IBEVAR.
