Sistemas antifraude podem ser contratados pela loja e fazer dela um ambiente seguro para seus próprios dados e dos clientes
As vendas online têm crescido em todo o mundo – em especial, durante o isolamento social. Além da liberdade de comparar preços em diferentes sites de forma rápida, a internet ainda oferece ao comprador a comodidade de receber os produtos no conforto de casa. Mas, nessa nova relação de compra, nem tudo são flores. Desafios relacionados à segurança surgiram, e é necessário encontrar maneiras de enfrentá-los.
Em ritmo parecido com o qual as pessoas começaram a se familiarizar ainda mais com as compras online, os golpes nesse meio passaram a ser mais comuns. Entre 20 de março e 18 de maio – período inicial de quarentena –, a busca de informações pessoais e bancárias roubadas na dark web cresceu 108%, enquanto o número de buscas diárias alcançou 19,2 milhões.
Golpes digitais
Esse mercado de golpes e dados roubados coloca em risco, tanto consumidores, quanto vendedores, que estão atuando no mundo online – ambos sofrem com compras desprotegidas. Isso porque, em especial no caso de invasão de hackers que roubam informações pessoais, os dois ficam frágeis e podem oferecer os dados das contas entre as quais a transição está sendo feita, por exemplo.
A pergunta é: no caso do lojista, como é possível evitar que essa violação ocorra? A resposta gira em torno, principalmente, de manter o servidor constantemente atualizado, adotar um servidor reserva para se proteger de quedas e invasões, adquirir selos de segurança para criptografar as informações do site e fazer constantemente testes de segurança para identificar e corrigir falhas internas.
No caso do consumidor, as ações para prever um possível golpe estão concentradas em checar sinais simples de veracidade, aos quais muitos de nós não nos atentamos. Os selos de “local seguro” na página onde os dados de pagamento serão inseridos são um deles. Com esse selo, é possível comprovar a certificação do site ao clicar nele.
Outro tipo de golpe que muitas vezes não é de conhecimento do lojista e fica por responsabilidade do usuário se atentar e se proteger é o chamado phishing. Essa estratégia criminosa consiste em atrair o cliente com ofertas de preços muito mais baixos, utilizando um site falso que imita uma página de uma loja online que realmente existe.
Nesse caso, cabe ao consumidor desconfiar da oferta, abrir o site oficial em outra aba e pesquisar o produto através dele. Vale também ficar atento à URL, que deve ser “.com” e “.com.br”, caso o site seja brasileiro. Palavras desconhecidas, especialmente nessa terminação do link, podem indicar que a página foi criada em outro país, o que dificulta investigações em caso de ação criminosa.
Assim como o phishing afeta com maior intensidade o consumidor – diferentemente do roubo de informações, que coloca em perigo o vendedor também –, há casos nos quais o mais lesado pelo golpe é o varejista. Um exemplo disso são os golpes com cartão de crédito roubado, nos quais o ladrão pode receber a compra antes que o pedido de estorno seja feito pelo dono do cartão. Existe o caso também no qual o próprio golpista pede o estorno da compra feita criminosamente, mas fazendo com que o valor devolvido caia na conta dele mesmo.
Como o vendedor pode proteger a loja e o cliente
Para evitar danos de ambos os lados, a iniciativa tem de vir da empresa. O mais eficiente contra golpes é contratar um sistema antifraude. Atualmente existem tecnologias que codificam dados, para que eles não sejam acessados sem autorização, e até mesmo conseguem identificar usuários que já apresentam histórico de crimes digitais. Assim, não permite que compras suspeitas sejam realizadas.
Confira algumas das soluções que existem!
Tokenização
Este é um cofre virtual que gera um número único – chamado de token – para cada consumidor. Essa informação substitui os dados do cartão de crédito, o que evita que o site seja violado e as informações expostas. A parte negativa é que este sistema não evita que o cartão seja fraudado antes do armazenamento e outro tipo de golpe mais complexo ocorra.
Velocity
Este é um sistema de avaliação a partir de robôs para validar e permitir cada uma das compras. O software testa os dados dos consumidores e consegue identificar possíveis ataques de maneira rápida. O Velocity, embora seja eficiente neste processo, não traz outras camadas de proteção.
3DS 2.0
O protocolo 3DS 2.0 também tem a capacidade de analisar as compras em tempo real, a partir de mais de 100 informações sobre o comprador na hora da transação. Se o perfil da compra for considerado de baixo risco, o pagamento é aprovado. Ao utilizar este sistema, o risco de fraude passa para o emissor do cartão, isentando o lojista de prejuízos.