A COVID-19 acelerou o uso da nuvem e desenvolvimento de Inteligência Artificial nas empresas

A COVID-19 acelerou o uso da nuvem e desenvolvimento de Inteligência Artificial nas empresas

Por Rafael Abreu, CTO da Quitejá

Com as mudanças vividas pelos brasileiros nos últimos meses não é novidade que grande parte das empresas tiveram que mudar a forma de executar suas demandas e prestação dos seus serviços. Com isso, a utilização do meio digital foi fundamental para essa reinvenção, principalmente quando considerado o crescimento no uso dos serviços hospedados na nuvem.

De acordo com os dados levantados pela 451 Research, analista sênior de redes de data center, mostram que mais de um terço, ou seja, 38% das empresas, estão mudando seu foco para estruturas de nuvem híbrida como um componente principal de sua estratégia.

Porém, se engana quem pensa que para por aí. Devido a essas alterações no comportamento dos usuários, transformações mensuráveis também foram registradas no uso de redes fixas e móveis. O recente estudo Mobility Report realizado pelo Ericsson Consumer Lab mostra que 83% dos entrevistados de 11 países afirmam que as tecnologias de informação (TICs) têm sido de grande ajuda para lidar com o isolamento social.

Quando paramos para analisar essas questões, vemos três pontos super importantes que esses tipos de serviços conseguem nos oferecer: escalabilidade, economia e alcance. Além disso, vemos que a tendência é de que esse mercado global registre crescimento incremental após pandemia.

A computação em nuvem é uma tecnologia que permite a distribuição dos serviços e o acesso online sem a necessidade de instalar programas. Como exemplo, cito a plataforma desenvolvida na QuiteJá. A empresa é um conjunto de ferramentas desenvolvidas internamente, em sua grande maioria, que trabalham orquestradas para gerar uma solução.

Outro crescimento registrado e que destaco é no uso de Inteligência Artificial com o objetivo de facilitar o dia a dia das empresas, alocando os funcionários para atividades mais estratégicas. Para se ter uma ideia, este setor deve movimentar R﹩ 730 milhões este ano, segundo estimativas do Sebrae.

Novamente fazendo uma análise relacionada ao case que temos hoje, para realizar as atividades que realizamos, criamos um tipo de IA que visa desempenhar parte do serviço que o atendimento faz. Temos, sim, uma série de pessoas que realizam atendimento manual para os nossos clientes, porém, visto a dificuldade de escala que tínhamos, foi um santo remédio para resolução dos problemas.

A ideia central era avaliar os serviços realizados pelos atendimentos e, com base nisso, verificar o que poderíamos automatizar. Conseguimos abordar isso de diversas formas e uma delas foi criando uma tecnologia capaz de interpretar as intenções dos nossos clientes em determinados canais, automatizando assim uma série de fluxos de qualquer interação que tenha um ou mais passos que precisam ser cumpridos.

Hoje, essa ferramenta atua diretamente no nosso principal canal (SMS) e atende 30% da nossa carteira de clientes. Estamos em fase final e de testes para que ela também trabalhar no WhatsApp, plataforma por onde o atendimento recebe mais demandas, São mais de 1200 diariamente. Ou seja, pretendemos reduzir em 40% o trabalho manual dos atendimentos, gerando assim uma série de ganhos operacionais, coisa que tantas outras empresas seguem fazendo.

Você deve estar se perguntando, a tecnologia usada pela plataforma é uma ameaça para o futuro dos empregos? E eu te respondo que 100% da automatização em uma empresa é uma utopia. É muito difícil você conseguir automatizar todo o serviço humano que existe. Mas as pessoas poderão focar suas habilidades e atividades em tarefas estratégicas da empresa.

O que eu entendo é que as ferramentas digitais junto com as tecnologias e as facilidades, vem para colaborar com o resultado final dessa área. Ou seja, não vai substituir totalmente o trabalho humano. Mas sim, a soma dos dois poderá facilitar, colaborar com os resultados e aumentar a eficiência da empresa. Teremos dinamismo e escalabilidade em um só lugar. A nossa relação com a tecnologia tem sido cada vez mais intensa e fluida no dia a dia. E como você deve imaginar, somos resultado disso.

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