Empresas que colecionam bilhões de arquivos contam com boa parcela de sorte, na maioria das vezes, para encontrar dados necessários para definir estratégia. Em papel ou em formato digital, a situação é a mesma e esses problemas devem ser colocados na mesa para evitar erros de estratégia na hora de uma política de gestão da informação. O alerta é feito pelo diretor de Pesquisa de Gestão de Conteúdo e Colaboração da inglesa 451 Research, Alan Pelz-Sharpe.
Para ele, as mudanças atuais do mercado, principalmente em termos de tecnologia, podem fazer com que algumas empresas fiquem deslumbradas com as possibilidades e esqueçam o real foco do problema a ser resolvido dentro de uma política de gestão da informação. “Nem tudo que é antigo é errado, nem tudo que é moderno é o mais correto”, diz.
Como exemplo, Sharpe cita alguns prós e contras do atual mercado. Enquanto as coisas podem ser feitas de maneira muito mais rápida e simultaneamente, há maior possibilidade de distração. “É preciso saber qual informação guardar e gerenciar. A maioria é trivial e pode ser descartada”, comenta. “O problema é planejamento e não a tecnologia”, completa.
O especialista aponta como outro problema a sedução exercida por fornecedores em relação a novos termos e produtos. “Enquanto querem vender aplicativos sociais, soluções para Big Data, etc, o cliente quer saber como se livrar das montanhas de papel porque isso é que irá trazer ganhos reais e imediatos para ele”, destaca.