O próximo ano marca uma inflexão importante no cenário da inovação global. A inteligência artificial continuará como protagonista, mas não estará sozinha: outras quatro forças — tecnológicas e humanas — vão pressionar empresas e governos a repensarem suas estratégias. Em 2026, competitividade e resiliência dependerão da capacidade de lidar simultaneamente com:
- A disrupção da IA: o foco deixa de ser a reação imediata e avança para a reinvenção de processos, com ganhos concretos em setores como saúde, marketing e educação.
- A revolução dos agentes inteligentes: softwares capazes de tomar decisões e executar tarefas complexas, ampliando a automação corporativa e a gestão cotidiana.
- A chegada da computação quântica útil: com potencial de transformar áreas como finanças, logística e o desenvolvimento de medicamentos.
- A crise energética da tecnologia: diante da disparada no consumo de energia, cresce a urgência por fontes renováveis e soluções sustentáveis.
- O fator humano: em meio ao avanço acelerado, competências como ética, empatia e liderança tornam-se essenciais para evitar a obsolescência da força de trabalho.
Segundo Fernando Nery, especialista em tech e CEO da Portão 3 (P3), essas cinco forças não atuam isoladamente, mas se cruzam e criam dilemas inéditos. “Como aproveitar a escala da IA sem agravar a crise energética? Como investir em computação quântica sem perder de vista o fator humano? A agenda de 2026 será menos sobre tecnologia pela tecnologia e mais sobre o equilíbrio entre impacto e responsabilidade”, afirma.
Imagem: https://pt.vecteezy.com/foto/12792593-gestao-de-mudancas-de-transformacao-digital-internet-das-coisas-nova-tecnologia-bigdata-e-estrategia-de-processos-de-negocios-operacao-automatizada-gerenciamento-de-atendimento-ao-cliente-computacao-em-nuvem-industria-inteligente
