Tomar decisões é uma das tarefas mais constantes — e desafiadoras — do mundo corporativo. Estima-se que, embora cada pessoa tome cerca de 35 mil decisões por dia, somente 5% disso, ou aproximadamente 1.750 escolhas diárias, realmente moldam o desempenho de um projeto ou empresa. As outras 95% rodam no piloto automático. Para a UiPath, esses direcionamentos decisivos são justamente os que mais podem e devem ser beneficiados pelo uso da Inteligência Artificial (IA) nas empresas. “Na medida em que a tecnologia é capaz de analisar dados em tempo real e prever cenários, o apoio a líderes em determinações estratégicas para a equipe e organização passa a ser notável”, diz Edgar Garcia, vice-presidente da UiPath para a América Latina. “Mas o sucesso dos resultados depende do uso consciente e inteligente dos recursos”, completa.
No Brasil, segundo o IBM Global AI Adoption Index 2024, 40% das empresas brasileiras já usam a IA para apoiar decisões estratégicas, enquanto 37% estão em fase de implementação do instrumento. E de acordo com a Deloitte, áreas como finanças, marketing e operações estão entre os setores que mais têm usufruído da IA para suportar escolhas operacionais ou estratégicas no dia a dia. Apesar desses índices otimistas, há muitos executivos ainda perdidos no trajeto. O Work Trend Index 2024, da Microsoft e LinkedIn, aponta que 49% das lideranças nacionais ainda não vislumbram uma estratégia clara para a integração da IA na tomada de decisão em prol do ganho de competitividade.
Para a UiPath, na prática, a IA pode favorecer esse processo em três frentes principais:
1.Aumento da precisão — ferramentas de IA simulam cenários e analisam grandes volumes de dados, reduzindo o peso da intuição. Algoritmos de precificação dinâmica podem, por exemplo, indicar o preço ideal para equilibrar lucro e competitividade.
2.Celeridade ao ritmo das decisões — a automação reduz o tempo de análise, permitindo que o time aja mais rapidamente. “Relatórios de performance que antes levavam dias para serem consolidados agora são atualizados automaticamente em minutos”, exemplifica Garcia.
3.Uso inteligente e otimizado dos recursos — a IA ajuda a distribuir melhor o que a empresa já tem: realoca estoques, ajusta o caixa e otimiza equipes conforme a demanda. Um exemplo disso são os modelos preditivos de vendas, que podem apontar reforço de pessoal ou estoque em períodos críticos.
Mas para que a IA realmente faça diferença nas escolhas estratégicas, o primeiro passo é entender o que se quer otimizar para, depois, definir como fazê-lo. “Uma pergunta boa para isso é: esse processo ou ação melhora a precisão, o desempenho dos recursos ou a frequência das decisões? Se a resposta for ‘não’, talvez a tecnologia escolhida não esteja atacando o ponto certo. Adotar IA não é apenas sobre automatizar tarefas, mas sobre tomar melhores decisões com mais frequência. É transformar dados em direção e liderança em resultado”, diz o executivo.
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