No Brasil, setores que respondem por 40% do PIB não adotaram tecnologias digitais e estão longe de se aproximar da Indústria 4.0
No mundo ultraconectado de hoje, a presença digital define a forma como vivemos e trabalhamos. E, muitas vezes, para alguns setores da economia, enxergar além do lugar comum é uma tarefa árdua, inclusive quando se trata de setores com processos tão estruturados, como a indústria. E nesse contexto é preciso trazer à luz a discussão sobre a necessidade de promover a transformação que melhore a vida de todos os envolvidos da cadeia: o trabalhador, com processos para facilitar seu dia-a-dia; a própria indústria, com sua necessidade constante de inovação em P&D e, também, de criação de novos produtos; e o consumidor final, com a constante demanda por conectividade, integração e informações em tempo real. Mas, afinal, o que a nuvem e as empresas de software têm a ver com isso? Tudo!
Não há dúvidas de que a nuvem tem permitido uma mudança no nosso estilo de vida. Na vida pessoal, por exemplo, toda a nossa forma de consumo já passa por ela. Desde o aplicativo de carona, ao de filmes, bancos e músicas. As inovações são disruptivas e, gradualmente, começam a atingir os mais consolidados setores economia, e por isso, a nuvem merece um lugar de destaque na história, assim como teve a energia elétrica, o vapor e os computadores.
Afinal, mesmo com a desconfiança, rejeição e resistência de algumas indústrias, os dados mais recentes do Gartner apontam para um crescimento contínuo dessa adoção. A nuvem pública, por exemplo, pode crescer 17,3% e o SaaS (software como serviço) ainda é o principal segmento do mercado, com uma receita que pode crescer 17,8%, e chegar a US$ 85,1 bilhões em 2019. É fato que as transformações geradas por essa adoção mudaram a forma como os negócios são conduzidos, e por isso é importante que as indústrias estejam na nuvem, caso contrário, as consequências podem ser bastante negativas.
No Brasil, a indústria é um setor que necessita da inovação e da eficiência operacional, e as tecnologias digitais estão fazendo muita falta. A CNI, em um estudo recente, mostra que os 24 setores mais produtivos da indústria brasileira, 14 estão atrasados em relação à adoção de tecnologias digitais. A principal consequência para essas empresas é a ineficiência e o risco de serem, em um futuro próximo, excluídas da Indústria 4.0. Afinal, a digitalização é uma das premissas dessa nova revolução. E o mais preocupante é que, de acordo com o IBGE, esses 14 setores respondem por 40% do PIB brasileiro.
Já que é na nuvem que a mágica acontece, por ser um driver de mercado que capaz de promover mudanças estratégicas nas companhias, veja como a simples adoção de uma tecnologia SaaS, pode causar transformação e impactar os negócios da indústria:
Acompanhar as mudanças econômicas: A necessidade de resposta rápida e lançamento de novas organizações e modelos de negócios são uma necessidade da economia atual. A indústria não pode passar dois anos implementando e integrando um ERP on premise. As soluções em nuvem são implementadas em poucas semanas, e não levam anos. E, na atual situação econômica, muitas indústrias estão com reservas limitadas, e modelo de assinatura em nuvem é uma opção atrativa para setores que querem se modernizar, sem comprometer o capital.
Visibilidade do Supply Chain: A manufatura está aprendendo que é preciso olhar para além das quatro paredes para competir na economia global dos dias de hoje. As soluções em nuvem podem ajudar a criar uma rede inteligente de suprimentos e integrar conexões entre fabricantes, parceiros, contratos, entre outros.
Experiência de usuário: a força de trabalho dos millenials também é um fator atraente para a indústria voltar os olhos para o modelo SaaS. Por causa das soluções baseadas em nuvem que são sempre atualizadas pelo provedor, eles tendem a apresentar interfaces de usuários modernas e atraentes.
Liberar a TI: a indústria hoje está com dificuldades em recrutar e reter os talentos de tecnologia, e o provedor de cloud pode ser uma boa opção para gerenciar ‘hardware, servidores, backups e atualizações’, que não ficam no ambiente físico da empresa. Com isso, o time interno de TI é liberado para focar em projetos mais críticos e estratégicos. Do lado da segurança da informação, especialistas podem assumir essa responsabilidade crítica, liberando os CFOs dessa responsabilidade de gestão. Isso libera a própria indústria a focar suas energias em suas principais competências, e de gerir problemas mais complexos de segurança.
[author] [author_image timthumb='on']https://docmanagement.com.br/wp-content/uploads/2018/10/thumbnail-carmela-borst.jpg[/author_image] [author_info]Carmela Borst
Diretora de Marketing da Infor para América Latina[/author_info] [/author]